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Enrico Fermi

Prémio Nobel da física em 1938

Enrico Fermi (1901 - 1954)

Enrico Fermi foi um físico italiano, que nasceu em Roma a 29 de setembro de 1901 e faleceu em Chicago a 28 de novembro de 1954.

Enrico Fermi
Enrico Fermi (1901 - 1954)
Prémio nobel da física 1938

Destacou-se pelo seu trabalho sobre o desenvolvimento do primeiro reator nuclear, onde trabalhou entre outros com Leó Szilárd, e pela sua contribuição para o desenvolvimento da teoria quântica, física nuclear e de partículas, e mecânica estatística. Doutorou-se na Universidade de Pisa e recebeu o Prémio Nobel da Física em 1938.

Foi um dos poucos físicos da era moderna a combinar a teoria com a experiência. Após alguns anos na Alemanha, regressou à Universidade de Roma, onde, em 1926, dedicou-se à mecânica estatística de partícula. O resultado do seu trabalho é apelidade de estatística de Fermi-Dirac, uma vez que Paul Dirac chegou independentemente às mesmas conclusões. Em 1933, Fermi introduziu o conceito de interação fraca, que em conjunto com o recém postulado neutrino, entrariam na teoria do decaimento beta. Juntamente com um grupo de colaboradores, Fermi começou uma série de experiências em que foram produzidos artificialmente núcleos radioativos, pelo bombardeamento com neutrões de vários elementos. Alguns dos seus resultados sugeriram a formação de elementos transuranianos. De facto, o que eles observaram, e que mais tarde foi comprovado por Hahn, foi a fissão nuclear, feito que, em 1938, lhe valeu o Prémio Nobel da Física.

Foi então para os Estados Unidos, onde viria a participar no projeto Manhattan. Dirigiu o projeto de construção do primeiro reator nuclear na Universidade de Chicago. Depois da Guerra, Fermi dedicou-se à física das partículas, resultando o seu trabalho em contribuições importantes para o desenvolvimento da mesma.

O elemento químico de número atómico 100, criado sinteticamente em 1952, recebeu o nome de Férmio em homenagem a Enrico Fermi.

O seu trabalho

Em 1938, com 37 anos, Fermi foi laureado com o Nobel de Física, por suas "demonstrações da existência de novos elementos radioativos produzidos pela irradiação de neutrões, e pela sua descoberta de reações nucleares provocadas por neutrões lentos".

Posteriormente ele e a sua mulher Laura, assim como os seus filhos, emigraram para Nova Iorque. A causa principal dessa deslocação foram as leis anti-semitas promulgadas pelo regime fascista de Benito Mussolini que ameaçavam Laura, que era judia. Além disso, as novas leis colocaram a maior parte dos assistentes de pesquisa de Fermi fora de trabalho. Logo após sua chegada em Nova Iorque, Fermi começou a trabalhar na Universidade da Columbia.

Durante o tempo em que permaneceu em Roma, Enrico Fermi e a sua equipa realizaram algumas contribuições importantes a aspetos práticos e teóricos da física. Entre elas, a teoria do decaimento beta, com a inclusão do postulado do neutrino em 1930 por Wolfgang Pauli, e a descoberta dos neutrões lentos, que foi fundamental para o funcionamento dos reatores nucleares.

Fermi era bem conhecido por sua simplicidade na solução de problemas. As suas aptidões de formidável cientista, combinando física nuclear teórica e aplicada, foram amplamente reconhecidas. Ele influenciou muitos físicos que trabalharam com ele, como Hans Bethe.

Depois Fermi mudou-se para o Laboratório Nacional de Los Alamos, em etapas posteriores do Projeto Manhattan, para servir de consultor geral. Foi responsável pela construção do primeiro reator nuclear, tendo sido possível chegar à cadeia de reação autosustentada, em 1942.

Naturalizou-se como cidadão americano em 1944.

Referências:

Wikipédia - Enrico Fermi