Leó Szilárd foi um físico norte-americano de origem húngara, que nasceu em Budapeste a 11 de fevereiro de 1898 e faleceu em San Diego, Califórnia, a 30 de maio de 1964. Em 1922 doutorou-se na Universidade de Berlim, onde relacionou entropia e transferência de informação, resolvendo assim o paradoxo do "demónio de Maxwell" e fixando as bases para o desenvolvimento de uma teoria estatística da informação (formulada em 1947 por C. E. Shannon).
Foi ele que concebeu o processo de reação nuclear em cadeia, em 1933, tendo patenteado a ideia de reator nuclear, juntamente com Enrico Fermi e em 1939 escreveria grande parte da carta que, assinada por Albert Einstein, chegaria às mãos do presidente dos Estados Unidos Roosevelt, a 2 de Agosto desse ano. Foi essa carta que deu origem ao projeto Manhattan, que culminou no lançamento das duas bombas atómicas.
Na Universidade de Chicago, em 1942, juntamente com o italiano Enrico Fermi, criava a primeira cadeira sobre reação nuclear. No ano seguinte tornou-se cidadão americano. Fez importantes contribuições para o desenvolvimento da primeira bomba atómica, mas protestou contra seu lançamento sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Colaborou ainda com o físico italiano Enrico Fermi na construção da primeira central nuclear do mundo.
Foi ainda Leó Szilárd que concebeu a ideia do microscópio eletrónico, e do acelerador de partículas (ciclotrão). Ele próprio não chegou a construir estes equipamentos, limitando-se a publicar as suas ideias em revistas científicas, e por isso a autoria destas invenções é muitas vezes atribuída a outros. Por essa razão, Leó Szilárd nunca venceu um prémio nobel, no entanto, outros o receberam, por terem trabalhado e construído as suas invenções.
Leó Szilárd foi diretamente responsável pela criação do projeto Manhattan. Foi ele que escreveu a maior parte da carta dirigida ao presidente Franklin Roosevelt, que foi posteriormente assinada por Albert Einstein, explicando a possibilidade da Alemanha se encontrar a desenvolver armas nucleares e encorajado a criação de um programa americano que possibilitasse a criação deste tipo de armamento. Foi assim que em Agosto de 1939 ele abordou o seu velho amigo e colaborador, Albert Einstein, convencendo-o a assinar essa carta e emprestando assim a sua fama à proposta. O projeto foi então iniciado. Mais tarde Szilárd mudou-se para a universidade de Chicago, para continuar a trabalhar no projeto. Foi aí que, em conjunto com Enrico Fermi, ajudou a construir o primeiro reator nuclear, tendo sido possível chegar à cadeia de reação autosustentada, em 1942.
À medida que a guerra continuava, ficou cada vez mais convencido que os cientistas perdiam o controlo deste projeto, em detrimento dos militares. Argumentou por várias vezes com a General Groves, o diretor militar do projeto. O seu ressentimento foi evidente ao falhar a utilização preventiva da bomba atómica. Ele defendia que os militares deveriam realizar um teste com a bomba atómica por forma a que a explosão pudesse ser testemunhada pelos Japoneses, dando assim oportunidade a que se rendessem e poupando a vida a centenas de milhares de pessoas.