As galáxias elípticas são um tipo de galáxia que apresentam forma esférica ou elipsoidal, e não têm estrutura em forma de espiral. A grande maioria dessas galáxias têm pouco gás, pouca poeira e poucas estrelas jovens. De uma forma mais expressa elas se parecem muito com o núcleo e halo das galáxias espirais. Algumas são bem alongadas e outras bem achatadas se vistas da Terra.
Embora pareçam simples acredita-se que galáxias elípticas sejam o resultado da complexa união de duas galáxias espirais.
Cerca de um terço das galáxias são elípticas na sua forma. As galáxias elípticas têm dimensões variadas que vão desde galáxias anãs, muitas vezes difíceis de distinguir de enxames globulares, até galáxias gigantes como é o caso de M70, uma galáxia elíptica gigante na constelação da Virgem.
As elípticas gigantes são raras e exóticas, já as elípticas anãs são o tipo mais comum de galáxias.
Devido a essas disparidades imensas de tamanho, as galáxias elípticas foram divididas em diversas classes morfológicas:
Galáxia elíptica gigante (cD)
Galáxia elíptica normal
Galáxia elíptica anã (dE's)
Galáxia esferoidal anã (dSph's)
Galáxia anã compacta azul (BCD's)
As maiores destas galáxias elípticas podem ter até 10 triliões de vezes a massa do Sol e ter cerca de 100 mil anos-luz de diâmetro, mas estas galáxias gigantes são raras. As mais comuns são as galáxias elípticas anãs que contêm poucos milhões de massas solares e têm apenas cerca de 6000 anos-luz de diâmetro.
Por exemplo, a galáxia espiral nossa vizinha, a Galáxia de Andrómeda (M31), tem duas companheiras que são galáxias elípticas anãs.
As galáxias elípticas apresentam forma esférica ou elipsoidal e não têm estrutura espiral. Normalmente a estrutura elipsoidal é tri-axial, o que significa que consoante a direção de onde seja observada, a galáxia elíptica terá para observadores colocados em locais diferentes do Universo aspetos diferentes. Assim, a mesma galáxia pode para um observador parecer esferoidal enquanto para outro colocado perpendicularmente noutra região do universo poderá parecer um elipsóide com uma grande excentricidade.
Na definição das classes das galáxias elípticas considera-se obviamente o aspeto que estas têm quando vistas da Terra. Edwin Hubble dividiu as galáxias elípticas em 8 classes de E0 a E7 em função do grau de achatamento do elipsóide que é observável a partir da Terra.
O achatamento que se pode observar nestas galáxias não é devido à rotação das mesmas, mas sim devido aos movimentos orbitais das estrelas no interior da galáxia. Sendo um aspeto dinâmico, é de esperar que o achamento vá variando numa escala temporal cósmica.
As galáxias elípticas caracterizam-se também pela quase inexistência de estrelas jovens, gás e poeiras, pelo que deverão ser as estruturas galácticas mais antigas onde a formação estelar já está praticamente concluída. As estrelas normalmente são estrelas velhas com baixa metalicidade. Isto explica que a cor azulada com perfusões de vermelho características das regiões com estrelas jovens e formação estelar seja quase inexistente, sendo estas galáxias sempre amareladas.