Meteoroides são fragmentos de materiais que vagueiam pelo espaço e que, segundo a International Meteor Organization (Organização Internacional de Meteoros), possuem dimensões significativamente menores que um asteroide e significativamente maiores que um átomo ou molécula, distinguindo-nos dos asteroides - objetos maiores, ou da poeira interestelar - objetos micrométricos ou menores.
Os meteoroides derivam de corpos celestes como cometas e asteroides e podem ter origem em ejeções de cometas que se encontram em aproximação ao sol, na colisão entre dois asteroides, ou mesmo ser um fragmento de sobra da criação do sistema solar.
Entre todos os corpos celestes que compõem o Sistema Solar, os meteoroides são, talvez, os mais interessantes sob diversos pontos de vista. No contexto da família do Sol, são os astros que exibem pequenas dimensões, porém, apresentam-se em número gigantesco. São também os únicos corpos celestes com que o homem pode ter contacto direto, sem precisar abandonar a superfície do planeta. Normalmente na linguagem popular, meteoros e meteoritos são utilizados como sinónimos, mas em termos físicos não significam a mesma coisa.
Ao entrar em contato com a atmosfera da Terra, um meteoroide passa a chamar-se de meteoro, desde que se desfaça na atmosfera e não chegue a atingir a superfície do planeta.
Meteoroides que atingem a superfície da Terra são denominados meteoritos.
Cerca de setenta por cento dos meteoroides que acabam por entrar na atmosfera terrestre vieram do espaço interestelar, sendo que este dado foi obtido através de pesquisas sobre a direção e a velocidade dos meteoroides. Outra provável origem destes corpos é a de virem do Cinturão de Asteroides, região situada entre Marte e Júpiter onde fragmentos de rocha circundam o Sol. O Cinturão de Asteroides principal contém asteroides com semieixo maior de 2,2 a 3,3 Unidades Astronómicas (UA), correspondendo a períodos orbitais de 3,3 a 6 anos. Provavelmente mais de 90% de todos os asteroides estão neste Cinturão. Os grandes asteroides têm densidade da ordem de 2,5.
Existem aproximadamente 200 asteroides com diâmetro maior de 1 km, que se aproximam da Terra, colidindo com esta a uma taxa de aproximadamente 1 objeto a cada 1 milhão de anos. São descobertos por ano, cerca de 2 a 3 novos meteoroides, sendo as suas órbitas muitas vezes instáveis.
Inúmeros meteoroides acompanham os planetas nas suas órbitas e em especial os que estão presentes na órbita da Terra geram a chamada Luz Zodiacal, fraca luminosidade que se estende na região do zodíaco, depois do por-do-Sol e antes do seu nascer e que é produzida pela reflexão da luz solar em partículas meteoríticas que se localizam próximas ao plano da eclíptica.
Além disso, os astrónomos descobriram que há verdadeiros cinturões de meteoroides que acompanham alguns cometas, como o cometa Halley, entre outros.