competências

Competências

Dança


Dança

INTRODUÇÃO

O que será que afinal há de tão especial e particular nas artes para que se torne tão premente, hoje, incluí-las de forma mais consubstanciada e presente na atividade escolar? Por que sentimos nós a necessidade de defender a causa da sua verdadeira participação no enigmático
e fascinante processo de ensinar e aprender?
Por que persiste o sentimento de que será necessário adicionar a essa "viagem de descobertas" esse sistema de "transacções" em que consiste o ensino, a participação e a problematização das artes?
O que estará por detrás deste desejo?
Finalmente, a possibilidade de um mundo com outra "luz"?
Dançar é humano. É uma atividade mágica, baseada na beleza da energia humana, enquanto movimento produzido pelo corpo. Envolve o pensamento, a sensibilidade e o corpo, no seu agir, e explora a natureza do indivíduo, na sua propulsão para saltar, conquistar o ar, no seu impulso para viver. A dança é uma matéria de confluência de vários aspetos identitários da natureza humana que só através da prática ganham forma visível e vivencial.
No contexto escolar podemos pensar a dança como um mecanismo privilegiado para estimular os alunos a conhecer formas expressivas de pensar, percepcionar e compreender, a partir da atividade física de se mover. Através de um vasto conjunto de experiências de energia organizada, chegar à essência da dança.
É em torno das influências sociais sobre o indivíduo que a história da dança se vai desenvolvendo, denunciando assim, sempre, as suas origens. O movimento não surge do vazio. Ele é consequência de um tecido complicado de vivências, de muitas histórias que há que continuar a contar e a transformar, dando expressão ao comportamento cultural através de um meio de comunicação não verbal.

O movimento humano está fortemente impregnado de significados e emoções, mostra-nos os valores, as atitudes, as crenças de uma cultura através da produção física de acções, gestos e posturas. No domínio artístico será fácil de confirmar que o estilo, a estrutura, o conteúdo e a própria interpretação de uma peça coreográfica são, em parte, determinados pela visão de sociedade que se tem.

Eis a possibilidade de aprendizagem de uma linguagem, enraizada na realidade socio-cultural, que propõe ao aluno um universo rico de comunicabilidade através da materialidade do corpo, capaz também de produzir conceitos de maior elaboração, como é o caso da abstração, elemento essencial no jogo coreográfico.

Saliente-se ainda a vocação interdisciplinar da dança, veja-se, por exemplo, a sua relação ancestral com a música, que propõe contactos com o ritmo, a dinâmica e a matemática. Ou o caso das relações entre a dança e o espaço, podendo facilmente transitar para áreas como a geometria, a geografia e mesmo a arquitectura.
Os elementos fundamentais que sustentam o saber da dança, enquanto forma de conhecimento, seja ele antropológico, social, psicológico, político ou artístico, e que nesta perspetiva deverão ser vividos pelos alunos em níveis progressivos de complexidade e interação, ao longo dos nove anos de escolaridade, convergem para aquilo que é a matéria intrínseca e essencial desta arte: o CORPO, como instrumento de aprendizagem e construção da linguagem coreográfica.
Eis a possibilidade de aprendizagem de uma linguagem, enraizada na realidade socio-cultural, que propõe ao aluno um universo rico de comunicabilidade através da materialidade do corpo, capaz também de produzir conceitos de maior elaboração, como é o caso da abstração, elemento essencial no jogo coreográfico.
Saliente-se ainda a vocação interdisciplinar da dança, veja-se, por exemplo, a sua relação ancestral com a música, que propõe contactos com o ritmo, a dinâmica e a matemática. Ou o caso das relações entre a dança e o espaço, podendo facilmente transitar para áreas como a geometria, a geografia e mesmo a arquitectura.
Os elementos fundamentais que sustentam o saber da dança, enquanto forma de conhecimento, seja ele antropológico, social, psicológico, político ou artístico, e que nesta perspetiva deverão ser vividos pelos alunos em níveis progressivos de complexidade e interação, ao longo dos nove anos de escolaridade, convergem para aquilo que é a matéria intrínseca e essencial desta arte: o CORPO, como instrumento de aprendizagem e construção da linguagem coreográfica.
Eis a possibilidade de aprendizagem de uma linguagem, enraizada na realidade socio-cultural, que propõe ao aluno um universo rico de comunicabilidade através da materialidade do corpo, capaz também de produzir conceitos de maior elaboração, como é o caso da abstração, elemento essencial no jogo coreográfico.
Saliente-se ainda a vocação interdisciplinar da dança, veja-se, por exemplo, a sua relação ancestral com a música, que propõe contactos com o ritmo, a dinâmica e a matemática. Ou o caso das relações entre a dança e o espaço, podendo facilmente transitar para áreas como a geometria, a geografia e mesmo a arquitectura.
Os elementos fundamentais que sustentam o saber da dança, enquanto forma de conhecimento, seja ele antropológico, social, psicológico, político ou artístico, e que nesta perspetiva deverão ser vividos pelos alunos em níveis progressivos de complexidade e interação, ao longo dos nove anos de escolaridade, convergem para aquilo que é a matéria intrínseca e essencial desta arte: o CORPO, como instrumento de aprendizagem e construção da linguagem coreográfica.
Saliente-se ainda a vocação interdisciplinar da dança, veja-se, por exemplo, a sua relação ancestral com a música, que propõe contactos com o ritmo, a dinâmica e a matemática. Ou o caso das relações entre a dança e o espaço, podendo facilmente transitar para áreas como a geometria, a geografia e mesmo a arquitectura.

Os elementos fundamentais que sustentam o saber da dança, enquanto forma de conhecimento, seja ele antropológico, social, psicológico, político ou artístico, e que nesta perspetiva deverão ser vividos pelos alunos em níveis progressivos de complexidade e interação, ao longo dos nove anos de escolaridade, convergem para aquilo que é a matéria intrínseca e essencial desta arte: o CORPO, como instrumento de aprendizagem e construção da linguagem coreográfica.
Saliente-se ainda a vocação interdisciplinar da dança, veja-se, por exemplo, a sua relação ancestral com a música, que propõe contactos com o ritmo, a dinâmica e a matemática. Ou o caso das relações entre a dança e o espaço, podendo facilmente transitar para áreas como a geometria, a geografia e mesmo a arquitectura.
Os elementos fundamentais que sustentam o saber da dança, enquanto forma de conhecimento, seja ele antropológico, social, psicológico, político ou artístico, e que nesta perspetiva deverão ser vividos pelos alunos em níveis progressivos de complexidade e interação, ao longo dos nove anos de escolaridade, convergem para aquilo que é a matéria intrínseca e essencial desta arte: o CORPO, como instrumento de aprendizagem e construção da linguagem coreográfica.

RELAÇÃO COM AS COMPETÊNCIAS GERAIS

Tratando-se de uma atividade profundamente enraizada na história do homem, dançar propicia ao aluno um quadro de referências cognitivas, culturais, sensoriais e estéticas que contribuem para uma melhor compreensão do mundo. A dança cumpre funções que, na essência, permanecem intactas desde o princípio dos tempos, sejam elas funções rituais, mágicas, comunicacionais, diplomáticas, lúdicas, estéticas ou, simplesmente, como fonte de felicidade.
Porque está inscrita na história e no gesto humano, a dança pode ter um papel importante na apropriação das competências gerais, definidas para a educação básica, uma vez que elas têm como centro o aluno, o pensamento, a sociedade e a cultura, numa interdependência muito familiar à natureza e à
linguagem da dança.
O ensino da Dança, nesta perspetiva, proporciona a aquisição de um vocabulário de movimento e de um novo quadro de referências espácio-temporais. Estes, transformar-se-ão em instrumentos de comunicação, para que o aluno possa abordar e pesquisar saberes culturais, científicos e tecnológicos, presentes nas matérias curriculares, assim como em situações e problemas do quotidiano, através da linguagem da dança.
A competência em dança implica, desde logo, a aptidão para integrar e traduzir diferentes linguagens, através do movimento. Uma vez sedimentado o conhecimento do vocabulário de movimento essencial, o aluno poderá chamar ao seu trabalho coreográfico linguagens específicas de outras áreas do saber cultural, científico e tecnológico. Um exemplo possível: fazer um vídeo-dança sobre a movimentação das células.
No desenvolvimento das competências específicas em Dança coexistem três grandes áreas de ação: Interpretação, Composição e Apreciação. Nesta última, um trabalho de análise e discussão coletiva do movimento, assim como a mostra de filmes e a pesquisa bibliográfica, e em suportes electrónicos, de informação sobre dança, conduzirão o aluno a um discurso, oral e escrito, crítico e fundamentado, sempre norteado pelo correto uso da língua portuguesa.
O conhecimento de línguas estrangeiras revela-se essencial para a pesquisa de informação sobre dança, uma vez que a grande maioria da bibliografia e documentação videográfica, bem como quase toda a informação disponível através da Internet, é apresentada em línguas estrangeiras. A terminologia própria da dança pode ser um elemento de motivação para a aprendizagem de línguas estrangeiras e é, seguramente, veiculadora das mesmas.
Existe, nas competências aqui definidas, uma filosofia fundeada num quadro de respeito e valorização da individualidade. A diversidade de leituras do mundo, bem como os diferentes recursos, motivações e competências, que se encontram numa turma de jovens bailarinos, constituem um terreno propício à percepção e troca de metodologias, rotinas, técnicas, "truques", conselhos e à sua experimentação. Esta dimensão empírica, associada ao conhecimento técnico e à informação sobre dança, é factor determinante na consolidação de uma metodologia ou de uma opção estética própria.
Um ensino enraizado, como se pretende, numa riqueza de recursos quotidianamente oferecidos ao aluno, constitui terreno de experimentação e treino para aprender a seleccionar e organizar informação, de acordo com os problemas coreográficos em estudo e num quadro de consciência em relação aos recursos e motivações pessoais.
A condição performativa da dança implica a necessidade de tomar decisões rápidas e adequadas ao contexto artístico em causa. Na improvisação, e no imprevisto que sempre rodeia as atividades performativas, é fulcral saber analisar as situações narrativas, técnicas e estéticas em jogo e ser capaz de antecipar os efeitos do sua ação, com vista a uma resolução criativa do problema.
Faz parte do quotidiano das aulas de Dança a invenção e interpretação de curtos traçados coreográficos, que apontam para a capacidade crescente de intervir autonomamente em projetos coreográficos de algum porte.
A dança é, em si, uma atividade corporativa. Daí que, quotidianamente, surjam tarefas e projetos de conjunto que exercitam o aluno na procura de uma gestão eficaz dos espaços interpessoais, com respeito pelo movimento próprio e alheio.
A prática da dança implica uma atitude de disciplina física, que mantém, necessariamente, o corpo em forma.
Por outro lado, obriga a uma consciência e responsabilização, em relação a si próprio e aos outros, no espaço de ação. Através dela é possível fomentar a valorização da ecologia do corpo e do ambiente, partindo do estudo de várias temáticas e do consequente trabalho coreográfico e interpretativo.
Por exemplo: a respiração, o ar e os elementos constrangedores dessa relação.
A dança é, em si, uma atividade corporativa. Daí que, quotidianamente, surjam tarefas e projetos de conjunto que exercitam o aluno na procura de uma gestão eficaz dos espaços interpessoais, com respeito pelo movimento próprio e alheio.
A prática da dança implica uma atitude de disciplina física, que mantém, necessariamente, o corpo em forma.
Por outro lado, obriga a uma consciência e responsabilização, em relação a si próprio e aos outros, no espaço de ação. Através dela é possível fomentar a valorização da ecologia do corpo e do ambiente, partindo do estudo de várias temáticas e do consequente trabalho coreográfico e interpretativo.
Por exemplo: a respiração, o ar e os elementos constrangedores dessa relação.
 
EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM
 
O contacto com a dança como arte é essencial para criar referências e pontos de impacto afectivos e estéticos.
 
A valorização de uma inteligência emocional e sensorial, produtoras de outras abstracções, conduzem o aluno a um conhecimento mais profundo do mundo, através da linguagem e da magia da dança.
 
É de salientar a preocupação em promover a criação de uma primeira "cultura coreográfica" e também de hábitos de frequência de espectáculos, com vista ao desenvolvimento da apreciação estética e dacapacidade crítica, face aos vários aspetos de uma obra performativa.
 
Para que estas competências sejam efetivamente desenvolvidas pelo aluno é necessário que a escola lhe proporcione:
•Idas ao teatro para assistência a espectáculos;
•Visitas de bailarinos, com formações diversas, à escola;
•Contacto direto com intérpretes, criadores e todos os que estão ligados à produção de espectáculos de dança;
•Visionamento de vídeos de dança, de vários estilos e origens culturais;
•Acesso a uma bibliografia estimulante que apoie o trabalho a desenvolver;
•Criação e construção, do ponto de vista artístico e de produção, de um espectáculo onde a dança tenha um papel preponderante;
•Oportunidade de trabalhar a dança estabelecendo relações com as restantes áreas curriculares.
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

As competências que todos os alunos devem desenvolver, em Dança, ao longo dos três ciclos do ensino básico, fundamentam-se nos seguintes aspetos:
- Compreensão da dança enquanto forma de arte.
- Desenvolvimento de experiências e capacidades na área da interpretação (agir e dançar).
- Desenvolvimento de experiências e capacidades na área da composição (imaginar e coreografar).
- A aptidão para analisar e apreciar a dança através da observação e discussão de materiais coreográficos, dentro e fora da escola.
As competências específicas da disciplina de Dança organizam-se em torno de quatro temas referenciais, os elementos da dança (CORPO, ESPAÇO, ENERGIA e RELAÇÃO). Estes elementos serão desenvolvidos ao longo dos três ciclos, através de um aprofundamento progressivo, devendo conduzir a um conhecimento elementar do movimento humano, tendo em vista uma ideia de dança globalizante, de aprendizagem rigorosa, mas também acessível a todos.
O aluno competente em Dança, no final do ensino básico, deverá saber reconhecer e analisar estes quatro temas fundamentais, para poder produzir soluções coreográficas criativas e conducentes a um discurso coreográfico próprio:
- O corpo ? o quê? Que movimentos pode o corpo fazer?
- O espaço ? onde? Onde pode o corpo dançar?
- A energia ? como? Que modos, qualidades ou dinâmicas pode o corpo descobrir e assumir?
- A relação ? com quem, com quê e em que ambiência?
Como é que o corpo se relaciona consigo próprio quando dança sozinho, como se relaciona com o corpo ou corpos de outros quando dança em grupo? Como pode também relacionar-se com coisas e objetos? Como se deixa influenciar por ambientes diversos? Será que estes introduzem outros modos de relação com o seu corpo e consigo próprio?

1.º ciclo

- Conhecer e vivenciar os elementos da dança.
- Corpo e o seu mapa.
- Espaço e suas grandes direcções.
- Energia e as qualidades do movimento.
- Relação com os outros, objetos e ambientes.

2.º ciclo

- Estabelecer relações entre os elementos da dança (corpo, espaço energia e relação) aprofundando conhecimentos apreendidos anteriormente.
- Desenvolver experiências interdisciplinares com base em problemas da atualidade mundial, nacional e pessoal.
- Alargar o âmbito vivencial da dança, cruzando esse conhecimento com o de outras áreas curriculares.

3.º ciclo

 
- Consolidar os elementos da dança, teórica e praticamente, numa perspetiva de acesso à dança como cultura:
Os conteúdos concretos devem ser decididos e geridos pelo professor, de acordo com as características do grupo e os programas e orientações curriculares em vigor. Os níveis de desempenho, a fixar para cada um dos três ciclos, devem ser pensados de acordo com uma lógica de complexidade progressiva de conceitos.
No entanto, deve ter-se em conta que os níveis de desempenho não podem ser aplicados de forma indiscriminada a todos os alunos, sendo necessário atender às características e percursos de cada um deles.
Assim, embora a maioria dos alunos consiga compreender, criar e interpretar curtas sequências de dança e pequenos trabalhos coreográficos, é preciso notar que alguns desenvolverão com maior mestria capacidades técnicas e performativas, outros, distinguir-se-ão mais pela capacidade analítica e menos pela performativa e, outros ainda, demonstrarão capacidades criativas que os conduzem mais facilmente à composição coreográfica.
Assim, embora a maioria dos alunos consiga compreender, criar e interpretar curtas sequências de dança e pequenos trabalhos coreográficos, é preciso notar que alguns desenvolverão com maior mestria capacidades técnicas e performativas, outros, distinguir-se-ão mais pela capacidade analítica e menos pela performativa e, outros ainda, demonstrarão capacidades criativas que os conduzem mais facilmente à composição coreográfica.
- Iniciação a uma história da dança.

- Desenvolvimento da noção da importância de diferentes técnicas de dança, assim como estratégias de composição coreográfica e sua análise crítica.

- Criação e produção de um espectáculo de dança dentro da escola (idealmente com o apoio de coreógrafos/artistas).
 
- Desenvolver experiências interdisciplinares com base em problemas da atualidade mundial, nacional e pessoal.

- Alargar o âmbito vivencial da dança, cruzando esse conhecimento com o de outras áreas curriculares.

- Conhecer e vivenciar os elementos da dança.

- Corpo e o seu mapa.

- Espaço e suas grandes direcções.

- Energia e as qualidades do movimento.

- Relação com os outros, objetos e ambientes.