Uma central termoelétrica (português europeu) ou usina termoelétrica ou termelétrica (português brasileiro) é uma instalação industrial utilizada para a produção de energia elétrica/eletricidade a partir da energia libertada por qualquer produto que possa gerar calor. Usualmente recorre-se aos combustíveis fósseis, como carvão, fuelóleo e gás natural, mas também podem ser utilizados outros combustíveis como o bagaço de diversos tipos de plantas.
Estes combustíveis, que são fontes de energia primária não renovável, são queimados e o calor libertado é transferido para a água, aquecendo-a e transformando-a em vapor. O vapor de água assim obtido vai acionar as pás das turbinas que, por sua vez, movimentam os ímanes dos geradores elétricos, que vão produzir corrente elétrica alternada. Esta corrente elétrica, através da rede de distribuição, é levada até nossas casas.
Sendo a fonte de energia utilizada neste tipo de central uma fonte não renovável, o seu uso depende das reservas naturais de combustíveis existentes no nosso planeta.
Embora o carvão seja abundante, tornando-se, portanto, uma fonte de energia barata, a sua utilização nas centrais termoelétricas levanta muitos problemas de poluição. Diariamente, são queimados, em todo o mundo, milhares de toneladas de carvão. Os produtos resultantes da combustão são o dióxido de carbono, dióxido e trióxido de enxofre e grandes quantidades de poeiras, que vão para a atmosfera.
Atualmente, as chaminés das centrais são altas e já dispõem de filtros adequados, que retêm uma parte apreciável das partículas sólidas em suspensão. Por outro lado, a altura das chaminés evita a poluição da camada mais baixa da atmosfera, mas faz com que as emissões gasosas sejam lançadas para a alta atmosfera, contribuindo para o efeito de estufa. Há, pois, necessidade de um maior desenvolvimento tecnológico, de modo a diminuir o impacto ambiental deste tipo de centrais.
A primeira central termoelétrica no Brasil foi inaugurada em 1883, em Campos dos Goytacazes, com a potência de 52 kW. Atualmente existem cerca de cinquenta centrais deste tipo no Brasil, com uma capacidade máxima instalada que ronda os 37 000 MW.
De acordo com informação divulgada pela REN, no início de 2012, estava instalada em Portugal uma potência total de 7407 MW, respeitantes a centrais termoelétricas.
A energia termoelétrica é uma energia não renovável, que como todas as outras tem as suas vantagens e desvantagens:
Em relação às centrais hidroelétricas, o seu processo de construção é mais rápido, permitindo suprir carências de energia de forma mais rápida.
Podem ser instaladas em locais próximos das regiões de consumo, dimunuindo-se assim os custos de transporte da energia.
São alternativas para países que não possuem uma variedade de escolha no que respeita às fontes de energia disponíveis.
Não dependem da quantidade de precipitação, nem necessitam de cursos de água, como o caso a das centrais hidroelétricas.
Ser uma energia não renovável, como referido anteriormente, torna-se uma das desvantagens, visto que o recurso utilizado para produzir este tipo de energia se esgotará futuramente.
As elevadas temperaturas da água utilizada no aquecimento causa a poluição térmica pois esta é lançada nos rios e nas ribeiras, destruindo assim ecossistemas e interferindo com o equilíbrio destas mesmas.
Como são usados combustíveis fósseis para queimar e gerar energia, há uma grande libertação de poluentes na atmosfera. Estes poluentes são responsáveis pela criação do efeito estufa e do aumento do aquecimento global do nosso planeta. Portanto, este tipo de produção de energia elétrica é altamente prejudicial ao meio ambiente.
Outra desvantagem é que o custo final deste tipo energia é mais elevado do que a gerada em hidroelétricas, em função do preço dos combustíveis fósseis.
Informação sobre capacidade instalada em Portugal: REN