A Tabela periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos químicos, na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. É muito útil para se preverem as características e tendências dos átomos.
Permite, por exemplo, prever o comportamento de átomos e das moléculas deles formadas, ou entender porque certos átomos são extremamente reativos, enquanto outros são praticamente inertes etc.
Um pré-requisito necessário para construção da tabela periódica, foi a descoberta individual dos elementos químicos, embora elementos, tais como o Ouro (Au), a Prata (Ag), o Estanho (Sn), o Cobre (Cu), o Chumbo (Pb) e o Mercúrio (Hg) fossem conhecidos desde a antiguidade.
A primeira descoberta científica de um elemento, ocorreu em 1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu o fósforo. Durante os 200 anos seguintes, foi adquirido um grande volume de conhecimento relativo às propriedades dos elementos e seus compostos, pelos químicos. Com o aumento do número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação.
A primeira classificação, foi a divisão dos elementos em metais e não-metais.
Isso possibilitou a antecipação das propriedades de outros elementos, determinando assim, se seriam ou não metálicos.
Em 1817, Johann Döbereiner teve a primeira ideia, com sucesso parcial, de agrupar os elementos em três - ou tríades. Essas tríades também estavam separadas pelas suas massas atómicas, mas com propriedades químicas muito semelhantes. A massa atómica do elemento central da tríade, era supostamente a média das massas atómicas do primeiro e terceiro membros. Lamentavelmente, muitos dos metais não podiam ser agrupados em tríades. Isso tornou a sua classificação dos elementos pouco eficiente.
Um segundo modelo, foi sugerido em 1864 por John Newlands.
Sugerindo que os elementos, poderiam ser arranjados num modelo periódico de oitavas, ou grupos de oito, ordenando de forma crescente as suas massas atómicas.
Por analogia com as notas musicais, Newlands deu a esta relação o nome de lei das oitavas.
Esta lei era no entanto ineficaz para os elementos químicos a partir do cálcio e, por isso, o trabalho de Newlands não foi aceite pela comunidade científica.
Nenhuma regra numérica foi encontrada para que se pudesse organizar completamente os elementos químicos numa forma consistente, com as propriedades químicas e suas massas atómicas. A base teórica na qual os elementos químicos estão arranjados atualmente - número atómico e teoria quântica - era desconhecida naquela época e permaneceu assim por várias décadas.
Dimitri Ivanovich Mendeleev nasceu na Sibéria, sendo o mais novo de dezessete irmãos. Mendeleiev foi educado em St. Petersburg, e posteriormente na França e Alemanha. Conseguiu o cargo de professor de química na Universidade de St. Petersburg. Escreveu um livro de química orgânica em 1861. Em 1869, enquanto escrevia seu livro de química inorgânica, organizou os elementos na forma da tabela periódica atual.
Mendeleev criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos. Cada carta continha o símbolo do elemento, a massa atómica e as suas propriedades químicas e físicas. Colocando as cartas em cima de uma mesa, organizou-as em ordem crescente das suas massas atómicas (Repara que o conceito de número atómico ainda não existia), agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes.
Apesar de, em meados do século XIX, a maioria dos cientistas se encontrar convencida de que as propriedades dos elementos químicos se repetia periodicamente, não existia nenhuma forma de os organizar.
A organização da tabela periódica, foi desenvolvida não teoricamente, mas com base na observação química de seus compostos, por Dimitri Ivanovich Mendeleev. Foi ele o primeiro a criar um esquema organizador que contemplava todos os elementos químicos descobertos, prevendo ainda a existência de outros ainda não conhecidos, deixando para isso espaços por preencher na sua Tabela Periódica. Consulta a tabela de Mendeleev, se não a conheces.
Por este facto ele é considerado o criador da Tabela Periódica.
A grande vantagem da tabela periódica de Mendeleev sobre as outras, é que esta exibia semelhanças, não apenas em pequenos conjuntos como as tríades mas numa rede de relações vertical, horizontal e diagonal.
Em 1906, Mendeleiev recebeu o Prémio Nobel por este trabalho.
Em 1913, o cientista britânico Henry Moseley descobriu que o número de protões no núcleo de um determinado átomo, era sempre o mesmo.
Moseley usou essa ideia para o número atómico de cada átomo. Quando os átomos foram ordenados por ordem crescente do seu número atómico, os problemas existentes na tabela de Mendeleev desapareceram.
Devido ao trabalho de Moseley, a tabela periódica moderna está baseada no número atómico dos elementos químicos. A tabela atual é bastante diferente da de Mendeleev.
Com o passar do tempo, os químicos foram melhorando a tabela periódica moderna, aplicando novos dados, como as descobertas de novos elementos ou um número mais preciso na massa atómica, e rearranjando os existentes, sempre em função dos conceitos originais.
A última maior troca na tabela periódica, resultou do trabalho de Glenn Seaborg, na década de 50.
A partir da descoberta do plutónio em 1940, Seaborg descobriu todos os elementos transurânicos (do número atómico 94 até ao 102).
Reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actinídeos abaixo da série dos lantanídios.
Em 1951, Seaborg recebeu o Prémio Nobel em química, pelo seu trabalho.
O elemento 106 tabela periódica é chamado Seabórgio, em sua homenagem. O sistema de numeração dos grupos da tabela periódica, usados atualmente, são recomendados pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC).
A numeração é feita em algarismos arábicos de 1 a 18, começando a numeração da esquerda para a direita, sendo o grupo 1, o dos metais alcalinos e o 18, o dos gases nobres.