competências

Competências

História


História

Introdução

A presença da História no currículo do ensino básico encontra a sua justificação maior e no sentido de que é através dela que o aluno constrói uma visão global e organizada de uma sociedade complexa, plural e em permanente mudança.

A função do professor de História, enquanto agente que participa na construção do conhecimento histórico, é enquadrar o aluno no estabelecimento dos referenciais fundamentais em que assenta essa tomada de consciência do tempo social, estimulando-o a construir o saber histórico através da expressão de "ideias históricas" na sua linguagem, desde os primeiros anos de escolaridade.

Esta construção do pensamento histórico é progressiva e gradualmente contextualizada, em função das experiências vividas. De facto, a pesquisa existente em cognição histórica sugere alguns princípios a ter em conta no desenvolvimento e avaliação das aprendizagens dos alunos:

- O saber constrói-se a partir das vivências dentro e fora da escola: o meio familiar e os media fornecem aos alunos ideias mais ou menos adequadas, mais ou menos fragmentadas, sobre a História. Compete à escola explorar estas ideias tácitas e ajudar o aluno a desenvolvê-las numa perspetiva de conhecimento histórico.

- Não existe uma progressão linear e invariante da aprendizagem: embora o pensamento histórico tenda a evoluir com a idade, há crianças de 7 anos que, em contextos específicos, manifestam um grau de elaboração mental semelhante às de 14 anos, e vice-versa.

- O pensamento histórico envolve não só a compreensão de "conceitos substantivos" (por exemplo: democracia ateniense ou revolução industrial), como também a compreensão implícita de conceitos referentes à natureza do saber histórico (por exemplo: fonte, interpretação, explicação, narrativa).

As metodologias que os alunos experienciam veiculam uma determinada leitura destes conceitos: se a simples memorização da informação apresenta a História como um relato fixo do passado, propondo uma postura passiva perante o saber, a construção de inferências a partir de fontes diversas indicia uma visão da História apta a fornecer ferramentas intelectuais indispensáveis à interpretação e explicação da realidade, que é dinâmica.
Foi nesse sentido que se elaborou um documento que determinasse os pontos de ancoragem da gestão curricular dos programas em vigor que tornem significativa e pertinente a relação com o saber histórico.
As competências específicas foram definidas a partir do que se considera como os três grandes núcleos que estruturam esse saber, ou seja, o Tratamento de Informação/Utilização de Fontes, aCompreensão Histórica, esta consubstanciada nos diferentes vectores que a incorporam: a temporalidade, a espacialidade e a contextualização, e a Comunicação em História. Estes núcleos de competências, formulados a partir da análise dos programas do Estudo do Meio (1.º ciclo), História e Geografia de Portugal (2.º ciclo) e História (3.º ciclo), emergem da necessidade de encontrar elementos que garantam a articulação e unidade fundamental desses programas, em alguns momentos de articulação porventura menos conseguida, e também de proporcionar aos professores um sentido, umcaminho comum de construção das aprendizagens específicas da História no percurso da escolaridade básica.

Não tendo a pretensão de substituir os respectivos programas o documento é uma proposta de enquadramento dos diversos elementos que os constituem, na perspetiva de uma gestão curricular mais equilibrada e aberta desses programas, e mais consentânea com a nova conceptualização, cuja configuração genérica é dada pelo perfil de competências gerais e respetiva operacionalização transversal. Na verdade, valorizando-se a utilização pertinente do conhecimento de acordo com as necessidades e as situações, torna-se fundamental a organização do ensino/aprendizagem em vectores claros e bem definidos, sustentado em experiências de aprendizagem específicas que possam favorecer, nos alunos, a construção de esquemas conceptuais que os ajudem a pensar e a usar o conhecimento histórico de forma criteriosa e adequada, e que contribuam para o perfil de competências gerais.

No caso específico da História, a articulação com as competências gerais far-se-á a dois níveis.
A um primeiro nível quando essa articulação é direta e imediata entre a formulação das competências específicas da História e determinadas competências gerais. Isso significa que, no contexto da História,
a operacionalização transversal dessas competências gerais materializa-se no próprio exercício das competências específicas tal com estão definidas.



Articulação ao 1.º nível

Competências Específicas
Competências Gerais
Tratamento de informação/utilização de fontes
Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento mobilizável
Compreensão histórica: Temporalidade/Espacialidade/Contextualização
Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano.
Comunicação em História
Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico para se expressar. (cger 2)
Usar corretamente a língua portuguesa para comunicar adequadamente e para estruturar o pensamento próprio. (cger 3)

Articulação com as competências gerais

No caso específico da História, a articulação com as competências gerais far-se-á a dois níveis. A um primeiro nível quando essa articulação é direta e imediata entre a formulação das competências específicas da História e determinadas competências gerais. Isso significa que, no contexto da História, a operacionalização transversal dessas competências gerais materializa-se no próprio exercício das competências específicas tal com estão definidas:

Competências específicas

Tratamento de informação/utilização de fontes

Compreensão histórica: Temporalidade/Espacialidade/Contextualização

Comunicação em história


Competências gerais

Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento mobilizável. (cger 6)

Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano. (cger 1)

Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico para se expressar. (cger 2)
Usar corretamente a língua portuguesa para comunicar adequadamente e para estruturar o pensamento próprio. (cger 3)


A um segundo nível, a articulação é conseguida quando as competências gerais definem um ambiente de aprendizagem que pressupõe uma organização do processo de ensino/aprendizagem centrada na ação/intervenção autónoma e relacional/cooperativa do aluno e que deverá enquadrar as experiências de aprendizagem, quer de carácter genérico, quer específico:

Competências gerais

Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas a objetivos visados. (cger 5)

Realizar atividades de forma autónoma e criativa. (cger 8)

Cooperar com outros em tarefas e projetos comuns. (cger 9)

Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspetiva pessoal promotora da saúde e da qualidade de vida. (cger 10)


Experiências de aprendizagem

Genéricas e específicas


O documento consta de três partes. A primeira é composta pelo quadro genérico da competência histórica, que expressa a unidade essencial, indissociável das competências específicas da História, se bem que definidas em separado, formulando o que se entende por ser o perfil do aluno competente em História no final de cada ciclo do ensino básico.

A segunda parte refere-se a um conjunto de experiências de aprendizagem de carácter genérico, que todos os alunos devem ter oportunidade de experimentar ao longo da escolaridade básica, no sentido de proporcionar situações de aprendizagem em contextos mais alargados e diversificados que o contexto específico da aula tradicional de História. Desta forma, poder-se-ão criar condições mais objetivas para o desenvolvimento, nos alunos, do perfil de competências gerais do ensino básico.

A terceira, e última, parte do documento é constituída pela definição das competências específicas, estruturadas nos três grandes núcleos atrás referidos. Embora reconhecendo a dimensão transversal ao currículo das competências do Tratamento de Informação/Utilização de Fontes e da Comunicação em História, estas constituem-se, no contexto da História, como componentes específicas do conhecimento específico. Efetivamente, são parte integrante da construção do conhecimento histórico, o que torna como fundamental o modo como se interroga e trabalha a informação e a maneira como esse tratamento se consubstancia em discurso progressivamente fundamentado e estruturado.

A competência essencial da Compreensão Histórica, nos diferentes vectores que a constitui ? a tempo -ralidade, a espacialidade e a contextualização, sendo de base conceptual, procura traduzir as dimensões fundamentais da construção do "bom conhecimento" em História. Conhecimento esse que permita ao aluno compreender criticamente a sua realidade, mas também transformá-la através de uma participação consciente na vida da comunidade. Com uma linha de conteúdos enquadrada por um tema geral e organizada por temas e subtemas menos prescritivos, o que se procurou alterar foi, sobretudo, o modo como se interrogam esses conteúdos e, consequentemente, como são geridos. Assim, o professor terá, relativamente a um determinado conteúdo que decidir de que forma poderá dar visibilidade a cada uma das dimensões referidas. O trabalho do professor será o de desenvolver linhas de exploração dos temas e subtemas de conteúdos indicados, na perspetiva das competências específicas tal como são formuladas, salientando os aspetos que lhe são específicos. Deste modo, torna-se indispensável a estruturação criteriosa, por parte do professor, de atividades e estratégias que assegurem um contexto favorável ao desenvolvimento, nos alunos, dessas dimensões da Compreensão Histórica, conforme se regista nas experiências de aprendizagem específicas sugeridas.

De salientar que na exploração dos conteúdos é inevitável e imprescindível o entrosamento das três dimensões, que expressam, de facto, uma mesma realidade que se constitui como um todo. Por essa razão, o professor sentirá como natural a mobilização simultânea das três dimensões da Compreensão Histórica, estruturadas com base no Tratamento de Informação/Utilização de Fontes e na Comunicação em História, na abordagem de cada um dos temas e subtemas, com-petindo- lhe a gestão equilibrada das aprendizagens que lhes são específicas.(*)


(*) O documento que agora se apresenta não é um documento fechado sobre si mesmo, mas sim um documento que aponta caminhos possíveis de construção de um conhecimento válido em História. Nessa perspetiva, é importante o seu acompanhamento e validação prática, de modo a contribuir para o seu aperfeiçoamento.

Perfil do aluno competente em História no ensino básico:
1.º ciclo
  • Identifica, compara e relaciona as principais características do Meio Físico e do Meio Social;
  • Integra as noções de espaço e de tempo em torno de situações concretas do passado próximo;
  • Identifica alguns elementos relativos à História e Geografia de Portugal;
  • Aplica, na abordagem da realidade física e social, técnicas elementares de pesquisa, utilizando técnicas simples de comunicação;
  • Reconhece e valoriza expressões do património histórico e cultural próximo;
  • Manifesta respeito por outros povos e culturas.
  • Situa-se no país e no mundo em que vive, aplicando noções operatórias de espaço e de tempo;
  • Utiliza conhecimentos básicos sobre a realidade portuguesa, do presente e do passado, aplicando as noções de evolução e de multicausalidade;
  • Aplica, na abordagem da realidade física e social, técnicas elementares de pesquisa e a organização sistemática de dados, utilizando técnicas diversas de comunicação;
  • Explica e valoriza elementos do património histórico português;
  • Manifesta respeito por outros povos e culturas.
  • Utiliza as noções de evolução, de multicausalidade, de multiplicidade temporal e de relatividade cultural no relacionamento da História de Portugal com a História europeia e mundial;
  • Aplica procedimentos básicos da metodologia específica da História, nomeadamente a pesquisa e interpretação de fontes diversificadas, utilizando técnicas diversas de comunicação;
  • Integra e valoriza elementos do património histórico português no quadro do património histórico mundial;
  • Manifesta respeito por outros povos e culturas.

    Experiências de aprendizagem

    Ao longo da educação básica todos os alunos devem ter oportunidade de experimentar atividades que impliquem:

  • A pesquisa histórica, individual e em grupo, com tratamento de informação (verbal e iconográfica) e respetiva apresentação oral e escrita, segundo metodologias específicas adaptadas aos diferentes níveis etários e de desenvolvimento dos alunos. O recurso orientado a bibliotecas e museus (eventualmente a arquivos) torna-se fundamental neste tipo de atividades;
  • A utilização da tecnologia informática (Internet, CD-ROM) na aprendizagem da História, trabalhando com programas específicos que veiculem informação histórico-geográfica;
  • O contacto/estudo direto com o património histórico-cultural nacional e regional/local, sobretudo artístico, arquitectónico e arqueológico, através de visitas de estudo/trabalho de campo com carácter de recolha, exploração e avaliação de dados;
  • O intercâmbio com instituições políticas, sociais, cívicas, culturais e económicas, numa perspetiva interventiva no meio em que a escola se insere, que permita a aplicação dos saberes históricos em situações próximas do real (ex.: colaboração em festejos e comemorações oficiais; intervenção em programas culturais e turísticos da comunidade, etc.);
  • A articulação horizontal (parceria com outras disciplinas ou áreas) que permita a mobilização dos saberes históricos em outros contextos disciplinares, sempre que isso se torne possível no desenvolvimento dos diferentes conteúdos programáticos;
  • O intercâmbio com alunos/jovens de outras comunidades, culturas, religiões, etnias ou países, nomeadamente dos países europeus, que possibilite o conhecimento recíproco da respetiva história e património histórico-cultural, pondo em evidência as influências mutuamente positivas;
  • A divulgação e a partilha do conhecimento histórico através do envolvimento direto na organização e participação em pequenas dramatizações, exposições, debates, colóquios, mesas-redondas, painéis, de acordo com metodologias próprias de dinamização, ao nível da turma, da escola ou da comunidade.


    Torna-se fundamental que, no âmbito do departamento curricular (2.º e 3.º ciclos), se elaborem projetos para todo o ciclo que impliquem a programação estruturada de atividades desta natureza, envolvendo todos os professores do grupo disciplinar.

    Competências específicas

  • Tratamento de informação/utilização de fontes
  • Compreensão histórica:
  • Temporalidade
  • Espacialidade
  • Contextualização
  • Comunicação em história
  • Utilização de alguns processos simples de conhecimento da realidade envolvente: observar, inquirir, descrever, formular questões e problemas, avançar possíveis respostas, confirmar.
  • Distinção de fontes de informação com diferentes linguagens: orais, escritas, iconográficas, gráficas, monumentais.
  • Interpretação de fontes diversas em torno dos conceitos essenciais para a compreensão social e histórica.
  • Utilização de técnicas de investigação: observar e descrever aspetos da realidade física e social; recolher, registar e tratar diferentes tipos de informação; identificar problemas; formular hipóteses simples; elaborar conclusões simples.
  • Interpretação de informação histórica diversa e com diferentes perspetivas. Exemplos de atividades: organização e elaboração do Atlas da aula e Friso Cronológico; análise de documentos escritos (adaptados); análise de documentação iconográfica (a privilegiar necessariamente); análise de documentação gráfica (sobretudo gráficos de barras e sectogramas); análise de documentação cartográfica (mapas com escala gráfica); organização de dossiers temáticos; organização de ficheiros temáticos, de conceitos ou de referências bibliográficas.
  • Utilização da metodologia específica da história: participar na selecção de informação adequada aos temas em estudo; distinguir fontes de informação histórica diversas: fontes primárias e secundárias, historiográficas e não historiográficas (ficção, propaganda...); interpretar documentos com mensagens diversificadas; formular hipóteses de interpretação de factos históricos; utilizar conceitos e generalizações na compreensão de situações históricas; realizar trabalhos simples de pesquisa, individualmente ou em grupo.
  • Inferência de conceitos históricos a partir da interpretação e análise cruzada de fontes com linguagens e mensagens variadas (textos, imagens, mapas e plantas, tabelas cronológicas, gráficos e quadros).


    No conjunto dos três ciclos, tanto quanto possível, dever-se-á utilizar meios informáticos no tratamento de informação recorrendo a programas adequados, nomeadamente no tratamento gráfico da informação (mapas e gráficos), no processamento de informação e comunicação de ideias e consulta, interpretação, organização e avaliação da informação.

    Localiza acontecimentos da história pessoal e familiar, e da história local e nacional; utiliza vestígios de outras épocas como fontes de informação para reconstituir o passado; reconhece e utiliza no quotidiano unidades de referência temporal.

  • Descrição da sucessão de actos praticados ao longo do dia, da semana.
  • Elaboração de diários (individual/coletivamente) e registo correto das datas.
  • Construção de árvores genealógicas para estabelecer relações de parentesco (pai, mãe, irmãos, avós, tios, primos, sobrinhos).
  • Construção de linhas de tempo, individual ou coletivamente, assinalando efemérides da vida pessoal, familiar ou coletiva.
  • Localização de factos e datas estudados no friso cronológico, relativo à história local e de Portugal.
  • Constituição de álbuns com fotografias e materiais que documentem a "história" da escola, da turma, etc.
  • Pesquisa sobre o passado de uma instituição local (escola, autarquia, instituições religiosas, associações), recorrendo a fontes orais e documentais para a reconstituição do passado da instituição.
  • Construção de horários e de calendários (dias da semana, meses, estações do ano) para utilização das unidades de referência temporal.
  • Observação do ritmo de trabalho e hábitos ao longo do ano.
  • Realização de jogos de ordenação de partes desencontradas de uma história, escrita ou desenhada.
  • Exploração e registo de vocabulário específico.

    Resolve situações que envolvam deslocações, localizações, distâncias em espaços familiares e, por associação e comparação, situa-se relativamente a espaços mais longínquos, relacionando-os através do estabelecimento de ligações de vária ordem.

  • Localização das moradas dos alunos numa planta da localidade.
  • Reconstituição dos itinerários realizados diariamente.
  • Descrição e reconstituição de itinerários diários (casa/escola, lojas, tempos livres...) e não diários (passeios, visitas de estudo, férias...), localizando os pontos de partida e de chegada, traçando os itinerários em plantas ou mapas.
  • Percursos no espaço envolvente da escola e registo de elementos da toponímia local.
  • Utilização ou elaboração da planta da escola, com identificação dos espaços e das respetivas funções.
  • Representação (desenhos, pinturas...) dos diferentes espaços do bairro e localidade, relacionado as respetivas funções (habitação, comércio, lazer).
  • Localização de objetos, lugares ou movimentos em relação a pontos de referência predefinidos.
  • Reconhecimento de aglomerados populacionais (aldeias, vilas e cidades) e identificação das cidades do seu distrito.
  • Utilização prática de processos de orientação (sol, bússola...).
  • Localização em mapas: formas de relevo, meios aquáticos existentes na região, os maiores rios (Tejo, Douro, Guadiana, Mondego, Sado), as maiores elevações (Pico, serra da Estrela, pico do Areeiro).
  • Localização no mapa da capital do País e das capitais de distrito.
  • Localização de Portugal no mapa da Europa, no planisfério e no globo e reconhecimento da fronteira terrestre com Espanha.
  • Reconhecimento do oceano Atlântico como fronteira marítima de Portugal.
  • Localização das ilhas e arquipélagos portugueses (Açores e Madeira), localização dos continentes e oceanos no planisfério e no globo.
  • Localização no planisfério e no globo dos países lusófonos.
  • Levantamento de países onde os alunos tenham familiares emigrados.
  • Observação de espaços de forma direta e através de meios audiovisuais.
  • Exploração e registo de vocabulário específico.

    Caracteriza modos de organização do Meio Físico e Social, identifica as marcas e alterações na Natureza provocadas pela atividade humana e compara-os em épocas históricas diferentes.

  • Exploração das ideias tácitas dos alunos como base para a construção do conhecimento histórico.
  • Observação direta de fotografias, vídeos ou textos acerca das características físicas do meio local, regional ou nacional.
  • Observação dos diferentes espaços da escola e explicação das funções de cada um.
  • Observação de edifícios construídos e em diversas fases de construção, identificando materiais utilizados na sua construção, profissões envolvidas e reconhecendo funções dos edifícios (habitação, comércio, teatro, locais de culto, indústrias...) e outras construções (pontes, estradas, portos, caminhos de ferro, barragens...).
  • Observação de situações exemplificativas da importância e necessidade do saneamento básico, do abastecimento de água e dos espaços de lazer (jardins, recintos desportivos, cinemas...) e reflexão sobre as mesmas.
  • Observação de atividades que conduzam ao reconhecimento da agricultura, pecuária, silvicultura, pesca e exploração mineral como fontes de matérias-primas, estabelecendo ligações com a indústria, comércio e os serviços.
  • Visita a locais ligados ao passado local, regional ou nacional e recolha de elementos.
  • Visita e registo de dados sobre colectividades e serviços locais.
  • Listagem de profissões e atividades e pesquisas elementares sobre elas, bem como a relação de umas com as outras.
  • Organização de álbuns com gravuras sobre as diversas regiões de Portugal e outros países.
  • Elaboração de álbuns onde seja feito o registo desses elementos, bem como de figuras, acontecimentos ou aspetos do quotidiano a eles associados.
  • Participação na organização do trabalho da sala (planificação avaliação), arrumação, arranjo e conservação da sala, do mobiliário e dos materiais.
  • Participação na dinâmica do trabalho em grupo e nas responsabilidades da turma e no funcionamento da sua escola.
  • Participação na elaboração de regras.
  • Diálogo, dramatização, etc., sobre atitudes e maneiras adequadas a contextos diversificados, a partir de fontes de informação diversas, incluindo os media.

    A - Conhecimento de si próprio

  • Identificação, naturalidade e nacionalidade
  • O seu passado e o futuro próximos
  • Unidades de tempo
  • Os membros da sua família
  • Outras pessoas com quem mantém relações próximas

    B - Os outros e as instituições

  • A sua escola e a sua classe
  • Modos de vida e funções sociais de alguns membros da comunidade
  • Instituições e serviços existentes na comunidade
  • Símbolos locais, regionais e nacionais
  • O passado do meio local e nacional
  • Outras culturas da sua comunidade

    C - O espaço físico e humano

  • Processos de localização e orientação
  • Diferentes espaços
  • Os seus itinerários
  • Meios de comunicação
  • Aglomerados populacionais
  • Localização de Portugal na Europa e no Mundo
  • Formas de relevo
  • aspetos da costa
  • Meios aquáticos existentes na região e no País
  • Edifícios, construções e equipamentos
  • Principais atividades produtivas nacionais

    Aplica os conceitos de mudança/permanência na caracterização das sociedades que se constituíram no espaço português em diferentes períodos; identifica, localiza no tempo e caracteriza alterações significativas da sociedade portuguesa, e estabelece relações passado/presente, especificando contributos para o Portugal contemporâneo, utilizando corretamente o vocabulário próprio da disciplina.

  • Construção e interpretação de frisos cronológicos respeitantes a diferentes escalas de espaço, tempo e quadro de referência (individual, familiar, local, regional, nacional, internacional, cultural, etc. ...).
  • Interpretação e elaboração de linhas/árvores genealógicas a propósito de acontecimentos significativos (crises dinásticas, por exemplo).
  • Utilização de unidades de referência temporal com ênfase para o milénio, século, década na ordenação de situações históricas concretas.
  • Contacto com diferentes sistemas de datação (calendários e acontecimentos de referência em diferentes culturas e momentos históricos), com particular destaque para o conhecimento e manipulação do calendário cristão (a.C./d.C.).
  • Seriação, ordenação e comparação de factos, acontecimentos, situações, objetos ou processos através de quadros, mapas, gráficos, tabelas, etc., que proporcionem a explicitação de mudanças, continuidades e simultaneidades.
  • Apropriação e emprego de conceitos e vocabulário de suporte às representações e construção de relações da temporalidade (constituição de um glossário).
  • Utilização de conceitos de tempo na produção de pequenas biografias, diários e narrativas.

    Conhece a localização relativa do território português, caracteriza os principais contrastes na distribuição espacial das atividades económicas e formas de organização do espaço português em diferentes períodos, relacionando-as com factores físicos e humanos, utilizando correta ?mente vocabulário específico da disciplina, bem como técnicas adequadas de expressão gráfica.

  • Manuseamento do globo e de plantas/mapas de diferentes naturezas, escalas e realidades representadas (políticos, geográficos, climáticos, históricos, económicos, religiosos...).
  • Familiarização e uso da simbologia e convenções utilizadas nos mapas.
  • Reconhecimento e interpretação de escalas (numéricas e gráficas).
  • Utilização de sistemas de orientação (rosa-dos-ventos/pontos cardeais).
  • Elaboração em mapas mudos de itinerários e percursos (rotas, viagens, etc.).
  • Confronto entre observação direta dos espaços e diferentes modalidades da sua representação, itinerários no terreno e a respetiva reconstituição gráfica.
  • Organização do atlas da aula.
  • Apropriação e emprego de conceitos e vocabulário de suporte às representações e construção de relações da espacialidade (constituição de um glossário).

    Distingue características concretas de sociedades que se constituíram no espaço português em diferentes períodos e estabelece relações entre os seus diversos domínios, utilizando corretamente o vocabulário específico da disciplina.

  • Exploração das ideias tácitas dos alunos como base para a construção do conhecimento histórico.
  • Observação, caracterização e interpretação de gravuras, fotografias, vídeos/filmes e objetos referentes a vários domínios da vida estudada das sociedades, nas várias épocas (organização/atividades económicas; organização política; estrutura social; aspetos culturais e artísticos).
  • Realização de pequenas pesquisas sobre temas de história regional e local, integrando-as no quadro da História de Portugal.
  • Realização de visitas de estudo/trabalho.
  • Organização de dossiers temáticos.
  • Organização de um glossário com vocabulário de suporte à representação das relações entre os diversos domínios da sociedade.
  • Trabalho (escrito, inclusivé) com fontes de diversos tipos e com múltiplas perspetivas dos vários períodos, para conhecimento das ideias, valores e atitudes características de cada sociedade e época.
  • Produção de pequenas biografias, diários, narrativas e resumos.
  • Reconstituição do funcionamento das instituições em várias épocas.
  • Realização de dramatizações/reconstituição de situações históricas.

    A - A Península Ibérica: dos primeiros povos à formação de Portugal (século XII)

  • Ambiente natural e primeiros povos
  • Os romanos na Península Ibérica
  • Os muçulmanos na Península Ibérica
  • A formação do reino de Portugal

    B - Do século XIII à União Ibérica e Restauração (séc. XVII)

  • Portugal no século XIII e a revolução de 1383-1385
  • Portugal nos séculos XV e XVI
  • Da União Ibérica à Restauração

    C - Do Portugal do século XVIII à consolidação da sociedade liberal

  • Império e monarquia absoluta no século XVIII
  • 1820 e o Liberalismo
  • Portugal na 2.ª metade do século XIX

    D - O século XX

  • A queda da monarquia e a 1.ª República
  • Estado Novo
  • 25 de Abril de 1974 e o regime democrático
  • Portugal nos dias de hoje ? Sociedade e geografia humana

    Identifica e caracteriza fases principais da evolução histórica e grandes momentos de ruptura. Localiza no tempo eventos e processos, distingue ritmos de evolução em sociedades diferentes e no interior de uma mesma sociedade, estabelecendo relações entre passado e presente e aplicando noções emergentes de multiplicidade temporal.

  • Análise e elaboração de tabelas cronológicas cujos dados evidenciem ritmos de mudança de duração diversa (longa duração, média duração e curta duração) e que situem no tempo acontecimentos significativos de culturas e civilizações.
  • Interpretação e construção de barras/frisos cronológicos paralelos para diversas culturas ou civilizações, verificando diferentes ritmos de evolução das sociedades.
  • Elaboração de representações gráficas do tempo em que se registam diversos aspetos (guerra, política, aspetos sociais, etc.).
  • Seriação, ordenação e comparação de factos, acontecimentos, situações, objetos ou processos através de quadros, mapas, gráficos, tabelas, etc., que proporcionem a explicitação das noções de evolução e multiplicidade temporal.
  • Organização de um glossário: utilização de conceitos e vocabulário de suporte às representações e construção de relações de temporalidade.
  • Utilização de unidades de referência temporal, com ênfase para o milénio, século, quarto de século e década na ordenação de situações históricas concretas.

    Localiza no espaço, com recurso a formas diversas de representação espacial, diferentes aspetos das sociedades humanas em evolução e interação, nomeadamente alargamento de áreas habitadas/fluxos demográficos, organização do espaço urbano e arquitectónico, áreas de intervenção económica, espaço de dominação política e militar, espaço de expansão cultural e linguística, fluxos/circuitos comerciais, organização do espaço rural, estabelecendo relações entre a organização do espaço e os condicionalismos fìsico-naturais.

  • Análise comparativa e elaboração de plantas, mapas, tabelas, gráficos e esquemas que clarifiquem sobre a distribuição espacial de diferentes dados históricos.
  • Manuseamento de plantas/mapas de diferentes naturezas e escalas e realidades representadas (políticos, geográficos, climáticos, históricos, económicos, religiosos...).
  • Reconhecimento, interpretação e utilização de escalas (numéricas e gráficas).
  • Elaboração em mapas mudos de itinerários e percursos (rotas, viagens, etc.).
  • Organização de um glossário: utilização de conceitos e vocabulário de suporte às representações e construção de relações da espacialidade.
  • Interpretação da simbologia e convenções utilizadas nos mapas.
  • Organização de um atlas histórico.
  • Construção de maquetas que representem a organização humana do espaço (urbano, arquitectónico, rural).

    Distingue, numa dada realidade, os aspetos de ordem demográfica, económica, social, política e cultural e estabelece conexões e inter-relações entre eles; interpreta o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social; reconhece a simultaneidade de diferentes valores e culturas e o carácter relativo dos valores culturais em diferentes espaços e tempos históricos; relaciona a história nacional com a história europeia e mundial, abordando a especificidade do caso português; aplica os princípios básicos da metodologia específica da história.

  • Exploração das ideias tácitas dos alunos como base para a construção do conhecimento histórico.
  • Pesquisa de dados históricos em trabalho individual ou em grupo para confirmar/refutar hipóteses, recorrendo à informação do meio e à informação dos media (imprensa escrita, rádio, televisão, Internet ) .
  • Análise comparativa de diferentes tipos de dados registados em fontes variadas (escritas, visuais, audio-visuais, cartográficas, etc.).
  • Interpretação e análise cruzada de fontes com mensagens diversas.
  • Organização de dossiers personalizados sobre temas estudados, nomeadamente sobre história regional e local.
  • Organização de um glossário: apropriação de conceitos e vocabulário de suporte à representação e construção de relações das sociedades estudadas.
  • Elaboração de pequenas sínteses narrativas, esquemas e mapas conceptuais.
  • Realização de debates para problematizar e buscar respostas em torno de situações históricas concretas.
  • Realização de pequenos trabalhos de pesquisa que impliquem a utilização de recursos informáticos.
  • Preparação de pequenas comunicações orais sobre trabalhos realizados.
  • Dramatização/reconstituição de situações históricas.
  • Representação plástica de situações e episódios históricos, monumentos, etc.
  • Organização pelos alunos de exposições, ao nível da escola, sobre temas de história.
  • Correspondência com alunos de outras regiões e países sobre temas de história regional e local. 

    A - Das sociedades recolectoras às primeiras civilizações

  • Sociedades recolectoras e as primeiras sociedades produtoras (*)
  • Uma civilização dos grandes rios

    B - A herança do Mediterrâneo Antigo

  • Os Gregos no século V a.C.
  • O mundo romano no apogeu do império
  • Origem e difusão do cristianismo

    C - A formação da cristandade ocidental e a expansão islâmica

  • A Europa do século VI ao século IX (*)
  • A sociedade europeia nos séculos IX a XII
  • Cristãos e Muçulmanos na Península Ibérica

    D - Portugal no contexto europeu dos séculos XII a XIV

  • Desenvolvimento económico
  • Relações sociais e poder político
  • Lisboa nos circuitos do comércio europeu
  • Cultura, arte e religião
  • Crises e revolução no século XIV
  • O expansionismo europeu
  • Renascimento e Reforma
  • O Império Português e a concorrência internacional
  • O antigo regime português na 1.ª metade do século XVIII
  • A cultura e o iluminismo em Portugal face à Europa
  • A Revolução Agrícola e o arranque da Revolução Industrial
  • As revoluções liberais
  • O mundo industrializado no século XIX
  • O caso português
  • Novos modelos culturais
  • Hegemonia e declínio da influência europeia
  • Portugal: da 1.ª República à ditadura militar
  • Sociedade e cultura num mundo em mudança
  • A grande crise do capitalismo nos anos 30 (*)
  • Regimes ditatoriais na Europa
  • A II Guerra Mundial
  • O mundo saído da guerra
  • As transformações do mundo contemporâneo
  • Portugal: do autoritarismo à democracia

    (*) A gestão do programa é da competência do professor no quadro da escola em que se insere e em função das características da turma no entanto, sugere-se que estes conteúdos sejam de abordagem sucinta.

    (1) De salientar que na exploração de cada um dos temas e subtemas da linha de conteúdos/tematização, as dimensões da Temporalidade, Espacialidade e Contextualização são necessariamente trabalhadas de forma simultânea e articulada entre si, como sugere o esquema apresentado.

    (2) A tematização apresentada poderá ser cruzada com os programas em vigor, para uma maior especificação dos conteúdos referidos.

  • Utilização de diferentes formas de comunicação escrita simples em que se ordene e descreva acontecimentos de história local ou nacional, fazendo o uso correto da expressão escrita.
  • Desenvolvimento da comunicação oral, envolvendo os alunos na descrição e narração e em pequenos debates conduzidos sobre acontecimentos de história local ou nacional em que seja valorizada a expressão oral.
  • Enriquecimento da comunicação através da análise e produção de materiais iconográficos (gravuras e fotografias) e, ainda, plantas, frisos cronológicos simples e pequenas genealogias.
  • Recriação simples de situações históricas sob a forma plástica, dramática ou outra.
  • Utilização de diferentes formas de comunicação escrita na produção de pequenas biografias, diários, narrativas e resumos no relacionamento de aspetos da História e Geografia de Portugal, fazendo o uso correto do vocabulário específico.
  • Desenvolvimento da comunicação oral envolvendo os alunos na narração/descrição, pequenas apresentações orais de trabalhos e pequenos debates ao nível da turma, sobre temas de História e Geografia de Portugal em que se valorize a expressão oral.
  • Enriquecimento da comunicação através da análise e produção de materiais iconográficos (gravuras, fotografias) e, ainda, plantas/mapas, gráficos, tabelas, quadros, frisos cronológicos, genealogias, utilizando os códigos que lhe são específicos.
  • Recriação de situações da História de Portugal e expressão de ideias e situações, sob a forma plástica, dramática ou outra.
  • Utilização de diferentes formas de comunicação escrita na produção de narrativas, sínteses, relatórios e pequenos trabalhos temáticos, aplicando o vocabulário específico da História na descrição, no relacionamento e na explicação dos diferentes aspetos das sociedades da História Mundial.
  • Desenvolvimento da comunicação oral, envolvendo os alunos na narração/explicação e participação em debates, colóquios, mesas-redondas, painéis, apresentações orais de trabalhos temáticos ao nível da turma e da escola sobre temas de História Portugal no contexto europeu e mundial.
  • Enriquecimento da comunicação através da análise e produção de materiais iconográficos (gravuras, fotografias, videogramas) e, ainda, plantas/mapas, gráficos, tabelas, quadros, frisos cronológicos, organigramas, genealogias, esquemas, dominando os códigos que lhe são específicos.
  • Recriação de situações históricas e expressão de ideias e situações, sob a forma plástica, dramática ou outra.

    No conjunto dos três ciclos, tanto quanto possível, dever-se-á utilizar meios informáticos como suporte da comunicação recorrendo a programas de processamento de texto e consulta de sítios da Internet que veiculem informação histórico-geográfica.