Apesar de atualmente se apostar cada vez mais na utilização de formas de produção de energia, recorrendo a fontes de energia renováveis, os combustíveis fósseis ainda são bastante utilizados, pelo que, ao usar energia elétrica, estamos também a contribuir para as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera e a gastar recursos não renováveis do nosso planeta.
Aliando-se a estes factos, a eletricidade está cada vez mais cara, pelo que já representa uma despesa importante para a maior parte das famílias, ao fim de cada mês.
Poupar é usar menos energia, e de uma forma mais eficaz, porque, se usar menos eletricidade, vai gastar menos dinheiro.
É simples, e geralmente basta um pequeno gesto que já conhece: desligar botões ou interruptores. O ideal é tornar as indicações abaixo apresentadas em hábitos quotidianos – gestos económicos que vão ajudar a reduzir a fatura da eletricidade.
Analise os seus gastos energéticos e as horas de maior consumo. Se for possível, opte por um contador com tarifário diferenciado, tentando fazer coincidir os períodos de maiores gastos com o tarifário mais económico.
Habitue-se a desligar todas as luzes cada vez que sai de uma divisão. Por vezes, só volta a essa divisão passadas algumas horas, e entretanto, vai gastando energia.
Um regulador de intensidade de luz também pode ajudar a reduzir o consumo de eletricidade. Em alternativa, escolha sempre a iluminação orientada, ou seja, se estiver a ler, basta ligar o candeeiro ao seu lado, não precisa da luz de teto acesa também.
Substitua todas as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras ou de baixo consumo. Não se assuste com o preço – apesar de serem bastante mais caras que as lâmpadas “normais” é um investimento que compensará – consomem cinco vezes menos energia e duram cerca de oito vezes mais.
Pode parecer inofensivo, mas a verdade é que a sua conta de eletricidade vai ser menor, se passar a desligar todos os aparelhos que possam ser mantidos em standby (aquela luz de presença vermelha que se mantém depois de apagarmos a TV no comando e que continua a gastar 25% de energia!). Isto aplica-se a todos os equipamentos eletrónicos (televisões, DVDs, aparelhagens, computadores, etc).
Desligue todos os aparelhos que não estão a ser utilizados, como por exemplo: computadores, impressoras, scanners, fotocopiadoras, máquina de café, microondas…
Evite deixar o telemóvel a carregar durante largas horas. Infelizmente, continua a gastar eletricidade, mesmo com a carga completa. Por outro lado, quando pegar no telemóvel depois de carregado, nunca deixe o carregador na tomada, se não, vai continuar a consumir energia!
Os eletrodomésticos são os responsáveis pela maior fatia da conta de eletricidade e os números comprovam-no: o frigorífico e congelador absorvem uma boa parte do consumo elétrico de um lar assim como as máquinas de lavar e secar. Sempre que adquirir um eletrodoméstico novo, compre um modelo da classe A ou A+, pois em termos energéticos são mais eficientes. Podem ser mais caros do que outros modelos, mas obtem-se o retorno desse investimento na fatura da eletricidade ao fim de algum tempo.
Cada vez que abre a porta do forno para espreitar o assado, perde 25% de calor, o que implica que o forno terá de reaquecer (consumir mais!) para voltar à temperatura inicial.
Ao cozinhar, aprenda estes 2 truques: cozinhe com as tampas das panelas colocadas, consome apenas um quarto da energia que precisava se não o fizesse; desligue sempre o forno ou o fogão alguns minutos antes do previsto – o calor acumulado é o suficiente para continuar a cozinhar os alimentos! Em alternativa, escolha panelas de pressão ou a vapor, permitem uma poupança elétrica até 70%.
Para aquecer alimentos, escolha o microondas em vez do forno ou fogão.
Os frigoríficos e arcas congeladoras devem estar longe de janelas, portas e do fogão para não os obrigar a trabalhar (e a gastar!) mais. Não coloque alimentos ainda quentes no frigorífico e mantenha o seu termóstato entre os 3º e os 5º – é a temperatura ideal para conservar alimentos – abaixo dos 3º obriga a consumos de eletricidade desnecessários.
Atenção à porta do frigorífico. Junte todos os alimentos para guardar antes de abrir a porta e tente retirar tudo o que precisa do frigorífico de uma só vez. Certifique-se que a porta fique sempre bem fechada, pois ao ficar aberta, está a gastar mais do que o habitual.
Sabia que um frigorífico e congelador cheios são mais eficientes do que quando estão vazios? E não se esqueça de limpar, de forma regular, o gelo acumulado no congelador – muito gelo aumenta o consumo elétrico.
As máquinas de lavar loiça e roupa só devem trabalhar com a sua carga máxima e, se possível, quando as tarifas de eletricidade são mais económicas. Consulte a sua empresa de eletricidade e descubra em que horário pode poupar.
As máquinas de lavar loiça e roupa gastam mais energia no aquecimento da água, ou seja, basta lavar a 40º em vez de 60º para poupar mais de 40% de eletricidade. Se puder, lave com água fria (o ideal para roupa escura, aliás!). Para além disso, a maioria destes eletrodomésticos disponibiliza programas económicos, por isso, aproveite-os quando lavar.
Sempre que possível, troque a máquina de secar roupa pelo estendal e o ar livre. Porém, quando a utilizar, não se esqueça, sempre na carga máxima e faça várias secagens seguidas para aproveitar o calor acumulado.
Reduza o tempo de utilização do aquecimento e ar condicionado, isolando bem portas e janelas para manter o calor e o frio dentro de quatro paredes. Se puder escolher, opte por vidros duplos – para além de garantir um excelente isolamento térmico, o bom isolamento acústico vai trazer-lhe mais tranquilidade.
Nos meses de Verão, mantenha janelas e estores fechados nas horas de maior calor, abrindo-os de manhã ou à noite (quando estiver mais fresco) para arrefecer a casa. Isto pode levar a uma menor utilização do ar condicionado. Por falar em ar condicionado, deve limpar ou mudar o seu filtro todos os meses – pode poupar até 20% de eletricidade! Deve manter uma temperatura ambiente de 25º C, em vez de reduzir para os 20º, por exemplo, para reduzir o consumo. Em alternativa, escolha as ventoinhas – de teto ou de pé – são muito mais económicas!
Baixe a temperatura da água quente. Se o seu esquentador for elétrico, basta reduzir alguns graus da temperatura da água (provavelmente nem vai notar!) para começar a poupar já!
Use e abuse da luz natural. Abra as cortinas e estores para iluminar e para aquecer as casas em dias de Inverno (certifique-se que todas as janelas e portas estão bem isoladas para impedir que o calor saia ao anoitecer).
Instale um painel solar e aproveite o sol para aquecer a sua casa, ou para produzir energia elétrica de forma limpa, ao mesmo tempo que obtém um retorno financeiro, que o ajudará a diminuir a fatura energética.
Pode ainda poupar eletricidade no exterior da casa. De forma direta, com a instalação de sensores, para que a iluminação exterior seja ativada apenas na presença de alguém. De forma indireta, através da jardinagem, ou seja, plante árvores e arbustos altos, se tiver espaço para tal, para criar agradáveis sombras no Verão e para bloquear ventos gelados no Inverno.