Antoine Lavoisier nasceu na cidade de Paris a 26 de agosto de 1743, tendo falecido na mesma cidade a 8 de maio de 1794. Lavoisier foi um químico francês que provou que a combustão necessita apenas de um dos constituintes do ar, que designou por oxigénio, destruindo deste modo a teoria do flogisto (um «elemento de fogo» imaginário libertado durante a combustão).
Com o astrónomo e matemático Pierre Laplace, em 1783, Lavoisier mostrou que a água é um composto de oxigénio e hidrogénio, estabelecendo deste modo as regras básicas das combinações químicas.
Lavoisier estabeleceu que os compostos orgânicos contêm carbono, hidrogénio e oxigénio. A partir de medidas quantitativas das alterações durante a respiração, mostrou que o dióxido de carbono e a água fazem parte dos produtos da respiração.
Lavoisier nasceu em Paris, tendo estudado no Collège Mazarin. Trabalhou como cobrador de impostos e foi diretor da Academia de Ciências em 1785. Dois anos mais tarde, foi membro da assembleia provincial de Orléans.
Durante a revolução francesa, o líder de esquerda Jean-Paul Marat, cuja admissão na Academia de Ciências tinha sido bloqueada por Lavoisier, acusou-o de aprisionar Paris e de impedir a circulação de ar, devido à muralha que construiu à volta desta cidade em 1787. Lavoisier abandonou a sua casa e o seu laboratório, pondo-se em fuga em 1792, no entanto mais tarde foi preso, julgado e condenado à guilhotina.
Quando o químico inglês Joseph Priestley produziu o «ar desflogisticado», Lavoisier, que já nessa altura se encontrava a estudar a combustão, foi capaz de compreender a verdadeira explicação. Continuou os seus estudos, realizando combustões de diversos compostos orgânicos no seio do oxigénio, tendo determinado as suas composições através de pesagens do dióxido de carbono e da água produzidos, naquelas que se tornaram as primeiras experiências em análise quantitativa orgânica.
Demonstrou também, através das pesagens, que a matéria se conserva durante a fermentação, como nas reações químicas mais convencionais.
No Traité Élémentaire de Chimie (1789), Lavoisier fez uma listagem de todos os elementos químicos conhecidos na altura.
Os estudos experimentais realizados por Lavoisier que levaram-no a concluir que, numa reação química que se processe num sistema químico fechado em reação, a massa permanece constante, ou seja, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos da reação:
m(reagentes) = m(produtos)
Assim, por exemplo, na reação de formação da água, partindo de oxigénio e hidrogénio, quando 2 gramas de hidrogénio reagem com 16 gramas de oxigénio verifica-se a formação de 18 gramas de água. Da mesma forma, na reação de formação de dióxido de carbono, a partir do carbono e do oxigénio, quando 12 gramas de carbono reagem com 32 gramas de oxigénio ocorre a formação de 44 gramas de dióxido de carbono.
Através de seus trabalhos, pôde enunciar uma lei que ficou conhecida como Lei da Conservação das Massas ou Lei de Lavoisier: "Num sistema químico fechado, em reação, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos da reação".
De uma outra forma, também se pode dizer que:
"Numa reação química existe a conservação da massa, porque não ocorre nem criação nem destruição de átomos. Os átomos são conservados, eles apenas se rearranjam. Os agregados atómicos dos reagentes são desfeitos e novos agregados atómicos são formados".
Ou ainda, filosoficamente falando,
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
O que hoje pode parecer evidente, nem sempre o foi. Queimando-se magnésio, cientistas anteriores a Lavoisier observavam um aumento de massa, enquanto que, queimando enxofre, notavam uma perda de massa. Coube a Lavoisier, percebendo que esses ensaios deveriam ser feitos em sistemas fechados (onde não há troca de matéria com o meio ambiente), esclarecer que as diferenças de massas eram devidas à absorção ou libertação de gases durante as reações.