Johann Wolfgang Dobereiner nasceu na Alemanha a 13 de dezembro de 1782, em Holf, tendo falecido em Jena a 24 de março de 1849. Foi um químico alemão, filho de um cocheiro, um autodidacta que conseguiu obter um cargo como farmacêutico. Frequentava com muito interesse as conferências públicas locais sobre ciência que se realizavam usualmente.
O seu conhecimento químico precoce chamou a atenção de Karl August, duque de Weimar, que finalmente lhe assegurou uma nomeação para a Universidade de Jena. As suas aulas eram regularmente assistidas por Goethe, que tinha um grande interesse em ciência.
Enquanto trabalhava nas suas próprias ideias, em 1829 percebeu que o recém-descoberto elemento bromo tinha propriedades que pareciam situar-se a meio caminho entre as do cloro e as do iodo. Para além disso, a sua massa atómica ficava exatamente entre as massas atómicas desses dois elementos.
Dobereiner começou a estudar a lista dos elementos conhecidos, registados com as suas propriedades e massas atómicas, e acabou por descobrir outros dois grupos de elementos com o mesmo padrão.
O estrôncio situava-se a meio caminho (massa atómica, cor, propriedades e reatividade) entre o cálcio e o bário; e o selénio e podia ser igualmente situado entre o enxofre e o telúrio. Dobereiner chamou a esses grupos de tríades, e começou uma vasta investigação dos elementos em busca de outros exemplos, mas não conseguiu encontrar mais.
A “lei das tríades” de Dobereiner apresentava o senão de poder ser aplicada apenas a poucos elementos.
Ele também descobriu os elementos: Háfnio (Hf), Zircónio (Zr), Crómio (Cr) e Frâncio (Fr).
Contribuiu para o desenvolvimento da tecnologia dos vidros ópticos quando preparou e caracterizou quanto à refração e à difração vidros em cuja composição introduziu o bário e o estrôncio.
O escritor alemão Goethe era um amigo de Dobereiner. Ambos participaram em palestras semanais. Goethe usou as suas teorias de afinidades químicas como base para o seu famoso romance denominado As Afinidades Eletivas, de 1809.