Cinco séculos passaram desde que o filósofo grego Tales de Mileto descobriu a eletricidade - esfregando um pano seco numa barra de âmbar - até à invenção da primeira lâmpada incandescente pelo norte-americano Thomas Edison. A partir desse luminoso ano de 1880 a eletricidade estendeu-se em todas as facetas e atividades do quotidiano.
A evolução tecnológica e demográfica, assim como a procura de um maior bem-estar e de uma melhor qualidade de vida conduziram, nos últimos tempos, a um crescimento muito rápido do consumo energético, nas várias atividades humanas, a nível mundial.
Por estar tão enraizada nos nossos gestos e tarefas, abdicar da eletricidade ser-nos-ia agora penoso. Já não conseguiríamos viver sem iluminação, nem deixar de usufruir dos inúmeros equipamentos elétricos que nos ajudam nas tarefas laborais. Seríamos incapazes de passar os dias sem usar telefones, computadores, faxes e impressoras. Não toleraríamos a ausência dos equipamentos elétricos de aquecimento e arrefecimento que nos melhoram o conforto.
Em suma, a eletricidade, tanto ou mais do que as outras formas de energia, é o motor da nossa vida moderna. Mas apesar desse valor, muitas vezes nos esquecemos das dificuldades, dos custos e dos impactos da sua produção e consumo.
A matéria é constituída por átomos. Os átomos dividem-se em duas zonas distintas: o núcleo e a nuvem electrónica. Dentro do núcleo, encontram-se os protões (partículas que têm carga elétrica positiva) e os neutrões (que não têm carga elétrica). À volta do núcleo, existem outras partículas com carga elétrica negativa, que se chamam eletrões. Eles estão na zona a que chamamos nuvem eletrónica.
A eletricidade é um movimento orientado de cargas elétricas (eletrões ou iões), através de um circuito fechado.
Um circuito elétrico, é um caminho ou itinerário para a corrente elétrica.
A corrente elétrica, nos condutores metálicos, é devida a um fluxo de eletrões, que transportam energia elétrica que recebem de uma fonte de energia (pilha, bateria, gerador, etc...).
A eletricidade não é uma fonte de energia primária, pois tem de ser produzida através da transformação de fontes de energia primárias (energia solar, energia eólica, energia hídrica, energia das ondas, etc...). Esta transformação processa-se em diferente tipos de centrais elétricas, conforme o tipo de energia primária utilizada (centrais hidroelétricas, centrais eólicas, centrais solares, centrais térmicas, centrais núcleares, ...).
As principais razões são:
O seu transporte é fácil, rápido e seguro.
Não é poluente.
É fácil de transformar a energia elétrica em luz, som, calor e movimento.
A utilização da eletricidade requer a aplicação de várias regras de segurança, de modo a evitar possíveis acidentes. De seguida apresentam-se algumas dessas regras de segurança:
1 - Adaptar a instalação elétrica às necessidades de utilização. Se o disjuntor disparar constantemente, a potência instalada não será a mais adequada.
2 - Nunca improvisar ligações elétricas com materiais de recurso (substituir sempre o que estiver estragado).
3 - Nunca tentar reparar um aparelho elétrico com este ligado à tomada de corrente.
4 - Desligar as fichas puxando-as diretamente e não pelos respetivos fios.
5 - Nunca ligar um circuito elétrico montado no laboratório sem ter a certeza absoluta que as ligações estão corretas (de acordo com um esquema prévio).
6 - Nunca usar aparelhos elétricos sem verificar que estão em boas condições e que se adaptam à instalação elétrica disponível. Cuidado com fios partidos ou descarnados.
7 - Usar, sempre que possível, tomadas com ligação à terra.
8 - Não tapar os candeeiros quando estão ligados, pois existe o risco de sobreaquecimento e de incêndio do que está por cima.
9 - Não deixar fios elétricos em zonas de passagem, nem por baixo de alcatifas, tapetes ou revestimentos com madeira.
10 - Nunca usar um secador de cabelo ou outro aparelho junto da água da banheira, lavatório ou lava-loiça.
11 - Não sobrecarregar as fichas múltiplas nem as extensões: É necessário verificar qual a potência máxima que suportam.
12 - Não mexer em aparelhos elétricos ou tomadas com as mãos ou com os pés molhados.
13 - Desligar o quadro elétrico quando houver uma fuga de gás (nunca mexer num interruptor ! A faísca gerada pode provocar uma explosão !).
14 - Deixar sempre um espaço entre a televisão ou outros aparelhos e a parede, para evitar sobreaquecimento.
15 - Não deixar aparelhos elétricos em stand by quando se ausentar de casa por muito tempo.