química

Química verde

Princípios da química verde


Afinal o que é a química verde?

química verde
Fig. 1 - A química verde é uma necessidade urgente

Hoje em dia, a preservação do meio ambiente é um assunto presente nas discussões feitas ao mais alto nível.

O crescimento da população mundial tem trazido repercussões ao meio ambiente. Cada vez há uma maior consciência de que é imprescindível criar uma sociedade sustentável.

A química sempre foi vista como uma grande ameaça para o meio ambiente, por causa da poluição das águas e do próprio ar. No entanto, ela tenta cada vez mais deixar de ser um problema, para poder fazer parte da solução.

É absolutamente necessário que todos compreendam que a Química está em tudo e em toda a parte.

O papel da química é essencial para garantir que a próxima geração de processos, materiais e energia produza um desenvolvimento sustentável de modo a satisfazer as necessidades do mundo atual sem comprometer as gerações futuras.


Os doze princípios da química verde

A química verde é uma linha de pensamento com uma difusão cada vez maior, que assenta num princípio básico: tornar a química amiga do meio ambiente. Foram estabelecidos doze princípios que visam a melhoria dos processos químicos realizados pelas indústrias, laboratórios e todos os que trabalhem com produtos químicos.

Esses doze princípios são Os 12 passos são:

1 - Prevenção

É mais barato evitar a formação de resíduos tóxicos do que tratá-los depois de serem produzidos.

2 - Economia de átomos

As metodologias a adotar nas sinteses devem ser desenvolvidade de forma a incorporar o maior número possível de átomos dos reagentes no produto final.

3 - Síntese segura

Devem desenvolver-se métodos de síntese que utilizem e gerem substâncias com pouca ou nenhuma toxicidade para a saúde humana e para o meio ambiente.

4 - Desenvolvimento de produtos seguros

Devem projetar-se produtos que, após realizarem a sua função, não causem danos ao meio ambiente.

5 - Solventes e auxiliares seguros

A utilização de auxiliares como solventes, agentes de purificação e secantes deve ser evitada ao máximo. Quando for inevitável o seu uso, deve recorrer-se a substâncias inócuas e/ou reutilizáveis.

6 - Redução do consumo energético

Os impactos ambientais e económicos causados pela produção da energia utilizada num processo têm de ser considerados. É necessário desenvolver processos que ocorram à pressão e temperatura ambiente.

7 - Matérias-primas renováveis

O uso da biomassa como matéria-prima deve ser incentivado no desenvolvimento de novas tecnologias e processos.

8 - Redução da formação de derivados

Processos que envolvem intermediários com grupos bloqueadores, proteçao/desproteção, ou qualquer modificação temporária da molécula por processos físicos e/ou químicos devem ser evitados.

9 - Uso de catalisadores

O uso de catalisadores tão seletivos quanto possível deve ser preferido, em vez de usar excesso de reagente para forçar a reação no sentido dos produtos.

10 - Produtos degradáveis

Os produtos das reações precisam de ser projetados para biocompatibilidade. Após a sua utilização não devem permanecer no meio ambiente, degradando-se em produtos inócuos.

11 - Prevenção da poluição em tempo real

A monitorização e o controlo em tempo real, dentro do processo, deverão ser viabilizados. A possibilidade de formação de substâncias tóxicas deverá ser detetada antes de tal acontecer.

12 - Minimização do risco de acidentes

A escolha das substâncias bem como a sua utilização num processo químico, deve procurar minimizar o risco de acidentes, como derrames, incêndios e explosões.

Referências:

Infoescola - Química verde