O ozono foi inicialmente descoberto em 1783, mas só em 1840 o cientista Schobein detetou e classificou o ozono. O seu nome deriva de uma palavra grega que significa cheiro. Quimicamente a molécula de ozono é formada por 3 átomos de oxigénio ligados entre si (Fórmula molecular: O3).
O ozono apresenta três propriedades principais:
Ação microbicida - É talvez a propriedade mais importante do ozono. O ozono devido às suas propriedades oxidantes pode ser considerado um microbicida rápido e eficaz. A sua ação tem um amplo espectro que inclui a eliminação de: bactérias, vírus, fungos e esporos.
Ação desodorizante - O ozono tem a particularidade de destruir os maus cheiros atacando diretamente a causa que os provoca, sem se formar um outro cheiro. Pode assim ser utilizado no tratamento de odores, em todos os tipos de instalações públicas e industriais.
Ação oxidante: Nas grandes cidades, onde há muitos locais pouco ventilados, pode ser usado para combater aquilo que chamamos de ar viciado, tornando-o mais respirável.
A camada de ozono localiza-se na estratosfera, encontrando-se a maior quantidade de ozono entre os 20 e os 45 km de altitude. Esta camada protege-nos dos raios ultravioletas vindos do Sol, pois serve de filtro à radiação solar ultravioleta, desempenhando uma função essencial para a vida na Terra. Estas radiações podem provocar cancro de pele e também podem danificar o sistema imunológico humano, tornando as pessoas mais vulneráveis a doenças infecciosas.
Ouve-se falar com frequência do buraco do ozono, na verdade não se trata de um verdadeiro buraco e sim de uma diminuição da espessura desta camada.
A poluição provoca a diminuição do ozono, sendo a utilização dos CFC`s, o principal responsável. Os CFC ou clorofluorcarbonetos, são compostos químicos de cloro, flúor e carbono, utilizados nos sistemas de refrigeração, em frigoríficos e aparelhos de ar condicionado, estando ainda presentes em alguns aerossóis (vulgarmente designados por sprays). Estes CFC, têm cloro na sua composição e quando atingem a camada de ozono o cloro através dos raios ultravioletas destrói as moléculas de ozono.
Os CFC deixaram de se utilizar, mas como permanecem muito tempo na atmosfera, ainda continuam a destruir a camada de ozono.
O dióxido de carbono é um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa.
O efeito de estufa é o mecanismo que regula e mantém a temperatura da Terra dentro dos valores que possibilitam a vida à sua superfície. Este efeito acontece porque alguns dos constituintes da atmosfera como o dióxido de carbono e o vapor de água deixam passar a luz do sol, mas, ao mesmo tempo, funcionam como uma barreira que impede parte do calor de sair para o espaço.
O efeito de estufa é pois necessário. O que é prejudicial é o aumento do efeito de estufa. Este aumento acontece, porque nos últimos cem anos, as atividades humanas têm vindo a provocar um aumento da concentração dos gases responsáveis pelo efeito de estufa.
Existem vários gases responsáveis pelo efeito de estufa. Os principais são o dióxido de carbono, o vapor de água, os CFC e o metano.
Em consequência deste aumento destes gases as radiações que são devolvidas à terra são cada vez em maior quantidade, provocando assim um aumento da temperatura média da superfície terrestre e, evidentemente, alterações climáticas.
A diminuição da camada de ozono e o aumento do efeito de estufa são problemas ambientais diferentes, causados principalmente pela atividade humana que se podem relacionar:
As substâncias que causam a destruição da camada do ozono, como os CFCs também contribuem para o aumento efeito de estufa;
A camada de ozono permite manter a temperatura no nosso planeta. Pensa-se que a diminuição desta camada pode aumentar o efeito de estufa;
O aquecimento global conduz a um aumento médio das temperaturas na troposfera, podendo ocorrer o arrefecimento da estratosfera e, consequentemente, aumentando a destruição da camada de ozono (temperaturas baixas favorecem reações de destruição do ozono).
Rebelo, Adelaide; Rebelo, Filipe; 1ª Edição; “Terra.Lab”, Lisboa Editora, 2007
Figueiredo, Teresa Tasso; 1ª Edição, “Eureka! CFQ”, Texto Editora, 2003
Cavaleiro, M. Neli; Beleza, M. Domingas; 1ª Edição, “FQ –Sustentabilidade na Terra”, Edições Asa, 2007