As nebulosas são grandes aglomerados de gás e de poeiras, onde se formam as estrelas. São chamadas de bercários de estrelas.
As estrelas são o constituinte básico do universo. Mas elas não existem desde sempre. A sua formação iniciou-se no passado há muitos e muitos milhões de anos e continua a ocorrer nos dias de hoje.
As estrelas formam-se a partir do colapso de uma nuvem de material composta principalmente por hidrogénio e vestígios de outros elementos mais pesados. Para que o núcleo estelar possa ser suficientemente denso, parte do hidrogénio é gradualmente convertido em hélio pelo processo de fusão nuclear.
A formação de uma estrela é um fenómeno que não acontece na região do espectro eletromagnético correspondente à radiação visível, pelo que não o podemos observar com a nossa visão.
Foi apenas com o aparecimento da radio-astronomia e, mais recentemente, da astronomia de infra-vermelhos, que começou a ser possível estudar aprofundadamente a formação de uma estrela.
Nos estágios iniciais de formação, a estrela embrionária, habitualmente designada por proto-estrela, não é, ela própria, visível, por se encontrar no interior de uma grande nuvem de gases e poeiras. A maior parte da radiação é emitida nas regiões do infra-vermelho e do rádio. Por este motivo, os astrónomos têm que observar nestes comprimentos de onda e procurar sinais indiretos que evidenciem estrelas em formação, como seja a presença de discos circum-estelares e de jatos de matéria expelida ao longo dos polos da proto-estrela.
O nascimento de novas estrelas está intimamente ligado à morte de muitas outras. De facto, uma estrela vive enquanto tiver combustível para alimentar a sua fornalha termonuclear. Quando este se esgota, a estrela já não consegue suportar o peso das suas camadas e acaba por colapsar. Este colapso é determinado pela massa da estrela. Por vezes, a massa é tão elevada que este colapso dá lugar a um dos fenómenos mais catastróficos conhecidos: uma supernova.
Uma supernova, ao contrário do que o nome parece indicar, não é uma estrela nova, mas sim uma explosão espetacular de uma estrela que terminou a sua vida. Esta explosão espalha os elementos constituintes da estrela pelo espaço, ao mesmo tempo que permite a formação de elementos mais pesados que o ferro. Estes elementos serão depois a semente de formação de mais estrelas algures na imensidão do espaço, completando, assim, um grande ciclo cósmico. Algumas destas estrelas poderão ser acompanhadas pela formação de planetas, tal como a Terra.
Assim, pode-se dizer que todos os elementos existentes à nossa volta, com a exceção do hidrogénio e do hélio, foram sintetizados nas estrelas.
Já tinhas descoberto que o nosso planeta e até o nosso corpo são compostos por fragmentos de matéria produzida nas estrelas?
As estrelas pequenas, tal como o Sol, no final da sua vida dão origem a nebulosas planetárias. Depois de algum tempo, que pode ser de milhões de anos, a zona central da estrela transforma-se em anã branca - uma pequena esfera muito densa e com pouco brilho.
As estrelas de grandes dimensões, quando começam a esgotar o seu combustível, expandem-se, sofrendo explosões violentas. A estrela em explosão chama-se supernova. Esta explosão é tão brilhante como todas as estrelas juntas de uma galáxia.
O núcleo que resta da explosão de uma supernova pode formar uma estrela de neutrões - estrelas muito pequenas e extremamente densas que são fontes pulsantes de ondas de rádio -os pulsares.
As estrelas com massa muito maior que a do Sol, após a fase das supernovas, originam buracos negros, objetos tão densos que atraem tudo, incluindo a própria luz.
Os quasares são os objetos mais longínquos conhecidos, com a aparência de estrelas; daí a designação de quasar, que significa objeto "quase estelar". Estes objetos brilham muito mais do que uma estrela normal.
Podes consultar também:
Formação das estrelas
Mostra-nos uma animação interessante e detalhada, falada em português do Brasil. Vale a pena observar. Em poucos minutos permite-nos uma melhor compreensão das reações químicas que acontecem dentro das estrelas.
Duração aproximada: 3:20 min Fonte: http://www.Youtube.com