Uma galáxia é um grande sistema, gravitacionalmente ligado, que é constituído por estrelas, remanescentes de estrelas, um meio interestelar de gases e poeiras e um importante mas insuficientemente conhecido componente apelidado de matéria escura. A palavra “galáxia” deriva do grego "galaxias", literalmente "leitoso", numa referência à nossa galáxia, a Via Láctea. Exemplos de galáxias variam desde as anãs, que podem ter até 10 milhões de estrelas, até às gigantes com cerca de 100 triliões de estrelas, todas orbitando o centro de massa da galáxia.
As galáxias contêm quantidades variadas de sistemas e aglomerados estelares e de tipos de nuvens interestelares. Entre esses objetos existe um meio interestelar de gás, poeira e raios cósmicos. A matéria escura parece corresponder a cerca de 90% da massa da maioria das galáxias. Alguns dados resultantes de observações efetuadas sugerem que podem existir buracos negros supermaciços no centro de muitas, ou mesmo de todas as galáxias. Acredita-se que eles sejam o impulsionador principal dos núcleos galácticos ativos – região compacta no centro de algumas galáxias que tem uma luminosidade muito maior do que a normal. A Via Láctea parece possuir pelo menos um desses objetos.
As galáxias foram historicamente classificadas segundo sua forma aparente, usualmente referida como sua morfologia visual.
Existem assim três tipos de galáxias:
Uma forma comum é a galáxia elíptica, que tem um perfil de luminosidade em forma de elipse. As galáxias em espiral têm a forma de um disco, com braços curvos. Aquelas com formas irregulares ou não usuais são conhecidas como galáxias irregulares, originando-se tipicamente da disrupção pela atração gravitacional de galáxias vizinhas.
Existem provavelmente mais de 170 biliões de galáxias no universo observável. A maioria delas possuem entre 3200 a 320 000 anos-luz de diâmetro e são separadas por distâncias da ordem de milhões de anos-luz. O espaço intergaláctico é preenchido com um gás ténue com uma densidade média de menos de um átomo por metro cúbico. A maior parte das galáxias está organizada numa hierarquia de associações conhecidas como grupos e aglomerados (enxames), os quais, por sua vez, formam superaglomerados maiores (superenxames de galáxias). Numa escala maior, essas associações são geralmente organizadas em filamentos e muralhas, que são circundados por vazios imensos.
A separação média entre galáxias dentro de um aglomerado é de pouco mais de uma ordem de grandeza maior do que o seu diâmetro. Logo, as interações entre essas galáxias são relativamente frequentes e têm um papel importante na sua evolução. Pequenas distâncias entre galáxias resultam em deformações devido a interações de maré e podem causar trocas de gás e poeira.
As colisões ocorrem quando duas galáxias passam diretamente uma através da outra e têm suficiente momento relativo para não se juntarem. As estrelas dentro dessas galáxias que interagem tipicamente passam diretamente sem colidirem, entretanto o gás e a poeira dentro das duas formas vão interagir.
Isto pode aumentar a taxa de formação de estrelas, na medida em que o meio interestelar é rompido e comprimido. Uma colisão pode distorcer severamente a forma de uma ou de ambas as galáxias, formando barras, anéis ou estruturas similares a caudas.
No extremo das interações estão as junções de galáxias. Neste caso, o momento relativo das duas galáxias é insuficiente para permitir que passem uma dentro da outra. Em vez disso, elas gradualmente se juntam para formar uma única galáxia maior. As junções podem resultar em mudanças significativas da morfologia, se comparada às das galáxias originais.
Quando uma das galáxias tem massa muito maior, entretanto, o resultado é conhecido como canibalismo. Neste caso, a galáxia maior permanece relativamente inalterada pela junção, enquanto a menor é rasgada em pedaços.
A Via Láctea está atualmente no processo de canibalizar a Galáxia Anã Elíptica de Sagitário e a Galáxia Anã do Cão Maior.