O movimento dos planetas não acompanha o movimento da esfera celeste da mesma forma que as estrelas o acompanham.
Os planetas visíveis à vista desarmada são Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno.
Os planetas descrevem órbitas elípticas à volta do Sol e, por isso, não se encontram sempre à mesma distância do Sol.
Como as distâncias dos planetas ao Sol são muito grandes, utiliza-se como unidade de medida a distância média da Terra ao Sol, que se designa por unidade astronómica, UA.
A distância da Terra às estrelas é muito maior do que a distância da Terra aos planetas do Sistema Solar.
Apesar de veres as estrelas projetadas na esfera celeste, as estrelas encontram-se a diferentes distâncias da Terra.
Como a distância da Terra às estrelas é muito grande, a unidade astronómica não é uma unidade de medida adequada para exprimir estas distâncias.
Para exprimir as distâncias a que se encontram objetos celestes fora do Sistema Solar pode utilizar-se o ano-luz.
O ano-luz, cuja abreviatura é a.l., corresponde à distância percorrida pela luz, no vazio, durante um ano.
Os astrónomos recorrem, muitas vezes, a métodos indiretos, como o método da triangulação, para medir distâncias no Universo; é o caso da paralaxe, que é um método indireto baseado no fenómeno da paralaxe.
O fenómeno da paralaxe tem a ver com a aparente mudança de posição de uma estrela (ou objeto celeste), em relação ao plano de fundo das estrelas mais distantes, quando observada de dois pontos opostos da órbita da Terra.
A paralaxe de uma estrela corresponde ao ângulo com vértice na estrela, definido pelas direções estrela - Sol e estrela - Terra.
Quanto maior for a paralaxe, mais próxima da Terra se encontra a estrela.
MACIEL,Noémia;DUARTE,Carlos, "À descoberta do planeta azul - ciências físico-químicas", Porto Editora, 2012, Porto