Já aprendeste no ano anterior que existem uma grande variedade de materiais à nossa volta. Os materiais podem ser naturais ou sintéticos, podendo ou não ser manufaturados pelo homem. Classificam-se também em substâncias e misturas de substâncias.
Tudo o que nos rodeia é feito de matéria:
O ar que respiramos.
A água da chuva, dos rios e dos mares.
Os minerais, os planetas, as estrelas.
O homem sempre teve curiosidade em compreender a constituição da matéria.
Há cerca de 2500 anos, os filósofos gregos colocavam essa questão e propunham teorias que pudessem explicar a natureza e a divisibilidade da matéria.
O filósofo grego Leucipo e seu discípulo Demócrito imaginaram a matéria como sendo constituída por pequeníssimas partículas indivisíveis - os átomos, como lhes chamaram. Concluiram que a matéria não poderia ser infinitamente divisível. Se a partíssemos variadas vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena, indivisível e impenetrável a que se denominou átomo.
Esta é uma palavra de origem grega que deriva de "a + thomos" , que significa "sem divisão".
Era uma ideia muito avançada para esta altura, mas não havia possibilidade de fazer observações que a pudessem apoiar.
Só muito mais tarde, com a evolução da tecnologia é que foi possível obter evidências experimentais.
A Teoria cinético-corpuscular da matéria afirma que:
Toda a matéria é constituída por partículas muito pequeninas a que se chamam corpúsculos.
Os corpúsculos estão em constante movimento.
Entre os corpúsculos existem espaços vazios.
Os químicos relacionam a agitação dos corpúsculos com a temperatura. Isto é, quanto maior é a temperatura, maior é a agitação dos corpúsculos.
Quando experimentamos dissolver cristais de permanganato de potássio em água, como podes observar na figura apresentada em baixo, verifica-se que em água quente a dissolução é mais rápida do que em água fria. Isto acontece porque, quanto maior é a agitação dos corpúsculos, mais depressa eles se espalham através da água, ocupando os espaços vazios existentes.
Esta experiência também nos permite concluir que tem de existir espaços vazios entre a matéria (Os corpúsculos de permanganato de potássio preenchem os espaços vazios entre as moléculas de água) e ainda que os corpúsculos estão em constante movimento (e por isso, ao longo do tempo, o permanganato de potássio mistura-se com a água).
Manual Porto Editora - "planeta azul - sustentabilidade na Terra".