O nome deste fenómeno astronómico pode parecer assustador, mas a Lua de Sangue, ou Lua Sangrenta como também é chamado, é um dos fenómenos astronómicos mais belos que podemos observar a olho nu no nosso céu.
Este nome, não tem nada a ver com a Lua ter a capacidade de sangrar, mas deriva da cor que podemos observar na Lua, uma vez que ela fica avermelhada.
O fenómeno é raro e acontece em eclipses da Superlua.
Um eclipse lunar ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua estão em perfeito alinhamento, e o nosso planeta fica no centro. Em relação ao Sol, a Lua é ocultada pela Terra, ou seja, os raios solares não chegam até ao nosso satélite natural, e a sombra do planeta é projetada na Lua, que “escurece”.
Por outro lado, a superlua ocorre quando a Lua está na sua fase de Lua cheia e ao mesmo tempo, no ponto mais próximo da Terra, conhecido como perigeu.
A junção destes dois fenómenos, o eclipse lunar e a superlua, causa aquilo a que chamamos de Lua de Sangue.
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Assim, uma Lua de Sangue ocorre sempre que acontece ao mesmo tempo um eclipse lunar e uma superlua. |
A cor avermelhada deve-se a uma relação entre a proximidade da Lua com a atmosfera terrestre e os raios solares. O sol emite luzes de todas as cores, mas quando a Lua está próxima da Terra, apenas as cores de baixa frequência, como o vermelho, são refletidas da atmosfera terrestre para o nosso satélite natural, o que torna a Lua vermelha. Este tom avermelhado que se apodera da Lua é causado por um fenómeno físico conhecido como dispersão de Rayleigh. A radiação solar é composta por várias frequências eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda. Lembra que a luz branca do Sol é constituída pelas sete cores do arco-íris. Cada uma delas têm uma frequência e um comprimento de onda. A atmosfera assim reflete a parte vermelha do espectro que se projeta sobre a Lua.
Trata-se de um fenómeno muito raro, pois têm de acontecer simultaneamente um eclipse lunar e uma superlua.
Um eclipse lunar é um fenómeno celeste que ocorre quando a Lua penetra totalmente ou parcialmente no cone de sombra projetado pela Terra, em geral sendo visível a olho nú.
Isto ocorre sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes outros dois corpos.
O eclipse lunar ocorre sempre durante a fase da Lua cheia pois é necessário que ela se encontre atrás da Terra, do ponto de vista de um observador no Sol.
Como o plano da órbita da Lua está inclinado 5 graus em relação ao plano da órbita que a Terra executa em volta do Sol, o eclipse não ocorre em todas as fases de Lua cheia.
Ao contrário dos eclipses solares que são visíveis apenas em pequenas áreas da Terra, os eclipses lunares podem ser vistos em qualquer ponto da Terra, desde que, nesse sítio, seja de noite, no momento em que ocorre o eclipse.
