Aquila é de origem muito antiga e representa a águia que acompanhava Júpiter, o líder dos deuses na mitologia romana. Na lenda grega, associava-se esta constelação à águia que pertencia ao deus grego Zeus, o mesmo Júpiter dos Romanos.
A representação celeste pretende ilustrar o episódio em que Zeus enviou a sua águia para raptar Ganímedes, pela sua beleza, embora uma variante desta lenda refira que o animal é o próprio Zeus, transformado em águia com o fim de arrebatar o jovem príncipe. Ainda segundo a mitologia grega sobre a águia de Zeus, esta teria sido encarregue de castigar o Titã Prometeu - acorrentado no cume de um monte por ter ousado partilhar o segredo do domínio do fogo com a Humanidade - comendo-lhe o eternamente renovado fígado, todos os dias, até ser abatida pelo herói mítico Hércules. A imagem da Águia teria sido então colocada no céu por Zeus, em homenagem à sua fiel dedicação.
Nesta constelação apareceram duas novas importantes. A primeira, no ano de 389, alcançava a intensidade de Vénus, e a segunda, descoberta em 1918, era mais brilhante que Altair, uma das estrelas mais brilhantes do nosso céu. Situa-se a Norte do Sagitário e a relativa proximidade das constelações da Lira e do Cisne ajuda à sua localização de uma forma geral.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Aquilae.
Eta Aquilae - Uma estrela supergigante que é considerada uma variável Cepheid brilhante. Esta estrela é visível a olho nú.
NGC 6709 - Trata-se de um grupo aberto, composto por pontos de estrelas que se mostram unidas contra um fundo rico em corpos celestes. É observável com binóculos.
NGC 6760 - um enxame estelar globular de Magnitude 9.1, de difícil observação com telescópios de abertura inferior a 150 mm.
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