Uma constelação conhecida desde a antiguidade, esta bela figura de múltiplas faces é fácil de encontrar, graças a uma estrela muito brilhante, Capella.
Na mitologia grega, esta constelação representava Melissa e Amaltéia, filhas do rei de Creta, que teriam amamentado o pequeno Zeus com leite de cabra. É por isso que as cartografias celestes medievais representam Auriga como um jovem com uma cabritinha nos ombros e duas crianças em seu braço esquerdo. Mas existe uma segunda interpretação. Auriga representaria Erecteo, o filho de Hefesto (o deus romano Vulcano), que inventou uma carroça para mover o seu corpo estropiado. Daí a tradução de Auriga por Cocheiro.
Capella tem sido considerada como a estrela-cabra desde a época dos romanos. Quase a cinquenta anos-luz de distância, parece-se com o nosso Sol, mas é maior.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Aurigae.
De entre os objetos presentes na constelação de Auriga destacam-se os enxames abertos M36, M37 e M38. Com binóculos ou pequenos telescópios podem observar-se os aglomerados compostos pelas estrelas mais luminosas de cada enxame. A seguir indicam-se alguns dados sobre estes objetos:
M36 - Este é um brilhante grupo aberto, a sudoeste de Theta Aurigae, contendo cerca de sessenta estrelas mais débeis (oitava magnitude).
M37 - É um grupo aberto excecional, quase do tamanho da Lua, e um dos mais elegantes do céu setentrional. Um telescópio pequeno pode revelar a grande quantidade de estrelas que contém. Encontra-se a 4600 anos-luz de distância.
M38 - Este pequeno grupo assemelha-se à imagem da letra grega pi, quando observado com um telescópio pequeno.
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