Trata-se de mais uma das constelações modernas introduzidas por Nicolas-Louis de Lacaille. que cartografou o céu do hemisfério Sul entre 1750 e 1754, a partir da Cidade do Cabo. A maioria das figuras celestes idealizadas pelo astrónomo francês pretendia homenagear os progressos da Humanidade nas Ciências e nas Artes.
No caso desta constelação do Telescópio, a que foi apresentada por Lacaille era muito maior do que a que foi assimilada oficialmente pela União Astronómica Internacional. Representava um telescópio com grande distância focal, apoiado num poste ou torre e regulado com pesos e roldanas. Como metade do tubo e as roldanas da figura original foram subtraídas na constelação moderna, esta costuma ser representada, hoje em dia, pelo desenho de um telescópio mais pequeno, assente num tripé. Desta reorganização da figura original para a constelação oficial resultou também que o Telescópio "perdeu" algumas das estrelas catalogadas por Lacaille, para outras constelações vizinhas.
Não está associada a qualquer lenda antiga.
É uma constelação difícil de se localizar, por ser pouco extensa e constituída por estrelas de brilho reduzido. Para a encontrar deve-se procurar a sua estrela mais brilhante (Alpha Telescopii), usando como referência a proximidade da constelação do Escorpião.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Telescopii.
RR Telescopii - Sendo esta estrela demasiado débil para os telescópios pequenos, é uma das novas mais interessantes. Crê-se que a estrela possa ser um sistema binário onde uma grande estrela vermelha será responsável pelas variações menores que têm lugar, e uma estrela mais pequena e quente será a responsável por parte da atuação da nova.
Alpha Telescopii - Esta é uma estrela branco-azulada com uma magnitude de 3,5.
Delta Telescopii - Trata-se de uma dupla ótica (a proximidade entre as componentes não é real, mas fruto da perspetiva), possível de se observar, em céus muito escuros, separada nas suas constituintes individuais apenas a olho nu - duas estrelas branco-azuladas. Apresenta uma magnitude global de 5.
Zeta Telescopii - Esta é a segunda estrela mais brilhante da constelação, com uma magnitude de 4,1. Apresenta uma tonalidade alaranjada e encontra-se a 120 anos-luz de distância de nós.
NGC 6584 - Trata-se de um enxame estelar globular que apresenta uma magnitude de 9,0, sendo observável com telescópios de diâmetro superior a 200 mm.
Austrais
Boreais