Camaleão é uma das doze constelações introduzidas por Johann Bayer em 1603 no seu atlas astronómico Uranometria. Como muitos das outras, Camaleão encontra-se muito a Sul. De facto, as suas estrelas são circumpolares para os residentes do Hemisfério Sul. O asterismo supostamente representa um camaleão.
Esta constelação foi desenhada por Johann Bayer por forma a preencher um espaço onde não existia nenhuma constelação, com base em descrições de alguns exploradores do sul. Por ser de origem moderna, não está associada a nenhuma lenda antiga.
Localiza-se pela proximidade do Cruzeiro do Sul e da Quilha. É uma constelação difícil de localizar, por ser de dimensões reduzidas e conter poucas estrelas. Por isso o nome assenta-lhe na perfeição.
O camaleão é um pequeno lagarto que pode ser encontrado em África, e que pode mudar de cor para se adaptar ao meio que o rodeia e defender-se em ambiente hostil. Atualmente, crê-se que o animal muda de cor em resultado de um fenómeno químico de resposta às súbitas mudanças de luz e temperatura e ao choque emocional.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Chamaeleontis.
Alfa Chamaeleontis - É uma estrela gigante esbranquiçada. Encontra-se a apenas 64 anos-luz de distância.
Beta Chamaeleontis - É uma anã esbranquiçada de Magnitude próxima de 4,2.
Delta Chamaeleontis - É para os astrónomos amadores um dos alvos mais apetecíveis da constelação. É uma dupla ótica ( a proximidade entre componentes não é real, mas fruto da perspetiva) muito bela de se observar, mesmo com instrumentos modestos, pela diferença de cores entre as estrelas que a constituem.
Z Chamaeleontis - Esta débil estrela entra em erupção periodicamente. Fica primeiro invisível (exceto para telescópios de 300 mm ou superiores) e num período de 3 a 4 meses experimenta uma explosão e atinge uma magnitude de 11,5, o que permite vê-la durante uns dias com um telescópio de 150 mm). Ainda assim não é um objetivo fácil.
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