Esta constelação situa-se a sul de Escorpião.
A constelação de Ara ou Altar é muito antiga e o seu nome latino original era Ara Centauro, o altar do centauro Chiron. Metade homem, metade cavalo, acreditava-se ser esta a criatura mais sábia da Terra. Ara também teve outras associações, como a de ser o altar de Dionísio, construído por Noé depois do dilúvio, o altar consagrado por Moisés ou até o do Templo de Salomão.
Na mitologia grega, representava o altar no qual os deuses do Olimpo trocaram votos de união antes da batalha contra os Titãs. Segundo esta lenda, o Titã Cronos havia deposto o seu progenitor, Úrano, e reinava sobre o universo juntamente com os seus irmãos. Para que nenhum dos seus filhos lhe fizesse o mesmo, Cronos engolia-os à nascença mas a sua esposa, Reia, não suportando mais esta situação, escondeu Zeus para que não sofresse semelhante destino. Já adulto, Zeus enfrentou o seu pai, fazendo-o vomitar todos os outros irmãos e aliando-se a eles numa batalha contra os Titãs. No altar, representado pela constelação de Ara, juraram união e fidelidade e iniciaram então a guerra pela supremacia sobre o universo. Tendo-se gerado um impasse devido ao equilíbrio de forças entre ambos os exércitos, Zeus viu-se forçado a libertar duas raças de Titãs. Com a ajuda destes os deuses do Olimpo conseguiram finalmente derrotar os Titãs, pelo que Zeus teria colocado o Altar no céu em eterna gratidão para com os seus aliados.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Arae.
U Arae - Esta estrela é suficientemente brilhante para ser vista com um telescópio pequeno, quando alcança a sua máxima magnitude de 8.
NGC 6397 - Este é possivelmente o grupo globular mais perto de nós. Encontra-se relativamente disperso, de modo que um observador com binóculos potentes poderá detetá-lo sem dificuldade e até decompô-lo nas suas débeis estrelas. Possivelmente terá cinquenta anos-luz de comprimento.
Austrais
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