Trata-se de uma constelação um pouco débil, no entanto fácil de se localizar por se encontrar a sul da constelação de Cão Maior, uma das mais simples de se visualizar no céu. É uma constelação moderna, batizada por Petrus Plancius, teólogo e cartógrafo holandês do século XVI. Este discreto grupo de estrelas homenageia a pomba que Noé enviou da sua arca, quando cessaram as chuvas do dilúvio universal, para ver se ela encontrava terra seca.
É a única entre todas as constelações oficiais que se reporta a uma história bíblica.
No entanto, existem alguns registos que colocam em dúvida a verdadeira origem desta figura celeste, levando a supor que possa ser anterior a Plancius. Certas referências históricas indicam que os Gregos reconheceriam, algures no céu, um asterismo representando uma pomba, para além de que o nome árabe da estrela mais brilhante - "Phact" - atribuído séculos antes da publicação da obra do astrónomo holandês, significa, precisamente, "Pomba". Por se encontrar tão próxima da antiga constelação de Argo Navis ( atualmente dividida em Quilha, Popa e Vela ), é natural e credível que os Gregos associassem ambas, identificando a Pomba com a ave usada na lenda por Jasão de forma a transpor os Rochedos Azuis, na sua viagem a bordo do Argo em busca do Velo de Ouro - estas rochas eram conhecidas por se fecharem perante a tentativa de passagem de qualquer navio. Jasão libertou a pomba, que percorreu o espaço entre os dois rochedos antes que se cerrassem totalmente sobre ela. Assim que se reiniciou a abertura do estreito, os Argonautas lançaram-se na sua travessia, ganhando tempo até que a armadilha mortal voltasse a fechar-se por completo.
Não seria por isso estranho de todo que o asterismo representando uma pomba a que os Gregos se referiam coincidisse com a figura que associamos à constelação moderna.
Contra esta teoria, alguns indícios parecem apontar para o facto de que, apesar de referências gregas à figura celeste de uma pomba, esta estaria colocada numa área distinta da atual, talvez na constelação de Coma Berenices.
Devido a todas estas incongruências, torna-se discutível a origem grega da constelação, pelo que se tende a respeitar a hipótese (esta sim, bem documentada) de se atribuir a Plancius a criação de Columba, a Pomba.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Columbae.
NGC 1808 - Trata-se de uma galáxia espiral barrada com uma magnitude de 9,9, muito difícil de se observar, mesmo com telescópios de 200 mm.
T Columbae - Esta estrela é uma variável Mira, com uma magnitude máxima de 6,7. Decresce até uma magnitude de 12,6 e depois volta a subir durante um período de sete meses e meio.
NGC 1851 - Sendo brilhante e grande, este grupo globular de magnitude 7 é uma mancha vaga, se vista com binóculos e sob um céu limpo. Com um telescópio de 150 mm já é possível distinguir as estrelas mais brilhantes.
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