Esta é uma das quarenta e oito constelações originais catalogadas por Ptolomeu no século II d.C.. Este pequeno e discreto grupo que se encontra a sul de Sagitário. Diz-se que representa uma coroa de folhas de louro ou de oliveira.
Segundo uma das lendas associadas, de origem grega, numa das suas várias relações extra conjugais com seres humanos, Zeus seduzira uma mulher chamada Semele, acabando por engravidá-la de Dionísio. Durante a gravidez, a esposa de Zeus, Hera, aparece à saudosa Semele tomando a aparência da sua ama de infância e incita-a a pedir ao líder dos deuses que a abrace na sua forma divina, tal como fazia com Hera. No encontro seguinte ela expressa este pedido e, apesar de saber quais as consequências desse ato, Zeus não consegue resistir, acedendo à vontade de Semele, que acaba por morrer, fulminada por ter tido contacto com a essência divina do amante. Dionísio é então arrancado do ventre de Semele, gerado da coxa de Zeus e entregue à sua tia para ser criado. Já adulto, desce ao mundo dos mortos para resgatar Semele, sua verdadeira mãe, deixando ficar no seu lugar uma oferenda de mirto (planta) colocando a Coroa Austral no céu, como homenagem à mulher que o gerou.
Uma outra lenda conta que a coroa pertenceu a Chiron. Também há referências de que a coroa terá pertencido a Sagitário ou até mesmo a Apolo, uma coroa de glória feita de folhas de louro, que ainda hoje se encontra enraizada na nossa cultura.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Coronae Australis.
NGC 6541 - Este é um grupo globular que apresenta um pequeno disco nebuloso visto com um telescópio pequeno. Com um telescópio de 200 mm revela a sua margem de estrelas.
NGC 6726 e NGC 6727 - São duas nebulosas de reflexão muito próximas. O par apresenta uma magnitude global de 7,9 e a sua observação exige telescópios de abertura igual ou superior a 150 mm e ampliações elevadas.
NGC 6729 - É uma nebulosa de reflexão de magnitude ligeiramente variável (fenómeno originado pela estrela a que está associada), à volta de 9,5. Este é um objeto bastante difícil de se observar, exigindo telescópios de abertura igual ou superior a 200 mm.
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