Esta constelação, 20 graus a noroeste de Arcturus consiste num pequeno semicírculo de estrelas débeis, mas claras. Por esta razão, a Coroa Boreal torna-se fácil de localizar no céu, através das suas estrelas brilhantes e formato inconfundível. Para o efeito, deve procurar-se a sua estrela principal, nas imediações da constelação vizinha, Boötes, o Boieiro - esta última é simples de se encontrar bastando para isso identificar Arcturus, uma das estrelas mais brilhantes do céu, apontada pela cauda da Ursa Maior.
Existem lendas de diferentes culturas que procuram explicar a sua presença no céu. De acordo com a mitologia grega, ela representará o diadema que pertenceu a Ariadne, filha de Minos, rei de Creta. Ariadne não quereria aceitar a proposta de casamento de Dionísio, um mero mortal, pois não desejava casar com um humano depois de ter sido abandonada por Teseu.
Para provar que era um deus, Dionísio tirou a coroa e lançou-a para o céu. Ariadne, satisfeita, acabou por casar com ele, tornando-se imortal.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Coronae Borealis.
R Coronae Borealis - Esta é uma das estrelas mais notáveis. Geralmente conhecida por R Cor Bor, trata-se de uma nova que repete o seu ciclo de mudança de magnitude ao inverso das outras. Normalmente apresenta uma magnitude de 5,9 e a intervalos irregulares diminui repentinamente, até alcançar por vezes magnitude 8, quando um material escuro entra em erupção na sua atmosfera. Depois, recupera lentamente.
T Coronae Borealis - Em 1862 alcançou repentinamente a magnitude 2 e atualmente apresenta uma magnitude de 10,2. É conhecida como uma nova recorrente, pois já repetiu tal atuação em 1946 e há muitas possibilidades de que volte a fazê-lo.
Alpha Coronae Borealis - Tem o nome próprio Gema, por assinalar a pedra preciosa central da Coroa, embora seja também conhecida como Alphecca, expressão árabe que significa "quebrado", numa alusão à semelhança entre o desenho semicircular da constelação e um colar partido. É uma dupla física (a proximidade entre as estrelas que a constituem é real), impossível de se observar separada nas duas componentes individuais com telescópios amadores. Apresenta uma magnitude global de 2,2 e encontra-se a cerca de 75 anos-luz de distância.
Austrais
Boreais